Jeane Alves
quarta-feira, 14 de julho de 2010
ANDALUZ
O mais antigo cavalo de sela da civilização ocidental e também o mais importante na história eqüestre é o andaluz, um cavalo típico do sul da península ibérica, muito semelhante ao berbere do norte da África. Cinqüenta séculos antes da nossa era já se falava desta raça: o andaluz atravessou a idade do cobre, do ferro e do bronze e era utilizado pelos guerreiros da era neolítica em seu s exercícios eqüestres.
Geologicamente, a entrada do andaluz na América é explicada através de um cataclisma geológico que abriu o estreito de Gilbratar, dividindo a Europa e a África, então ligados por terra. O fenômeno fez com que, embora separados, os dois continentes mantivessem as mesmas espécies de fauna, flora e particularmente de cavalos, nos litorais banhados pelo mediterrâneo - o sul da Espanha e o norte da África. Foi da Europa e da África que os cavalos emigraram em três rotas distintas, espalhando-se pelo mundo.
Eram andaluzes da ilha de São Domingos os primeiros cavalos que chegaram ao Brasil trazidos por Tomé de Souza em 1549, por Antonio de Oliveira para a Bahia e Cristóvão de Barros no vale do São Francisco. E foi a raça que deu origem aos cavalos brasileiros, do sertanejo ao crioulo. Por causa desta sua ligação com a história do mundo e por ter auxiliado na formação das melhores raças de cavalos da atualidade, o cavalo andaluz é também conhecido como "o cavalo colonizador".
Cavalo de porte médio, de caráter nobre e dócil o andaluz é um animal muito fogoso, alegre, inteligente e com muita facilidade para o aprendizado. Seus movimentos são ágeis, elevados e extensos, energéticos porém suaves; um animal apto para a reunião. Por causa destas qualidades, o andaluz é especialmente próprio para o hipismo amador e principalmente para o adestramento, onde executa quaisquer movimentos de alta escola, com graça e beleza.
Outra característica marcante do andaluz é a sua potência digestiva, que faz com que ele se mantenha em condições precárias de alimentação em situações onde a maioria das outras raças finas pereceria. Sua manutenção é, assim, mais econômica que a de outras raças, principalmente as derivadas do puro-sangue inglês. A garupa arredondada, os movimentos ágeis e garbosos de suas pernas, o pescoço erguido semelhante ao de uma garça, a cabeça pequena onde brilham dois olhos de fogos, as orelhas pequenas e atentas, fazem do conjunto total de suas formas o mais bem acabado modelo da raça cavalar.
Raça autóctene da Península Ibérica de origem berbere foi melhorada pelos mouros durante sua invasão de quatro séculos pela introdução de reprodutores berberes e árabes, sendo posteriormente conservada e selecionada através dos séculos pelos frades cartejanos de Jerez de la Frontera e pelos criadores de Espanha e Portugal.
É a mais velha raça de cavalos registrada no mundo e foi básica para a formação de quase todas raças de cavalos do mundo, entre os quais citamos: PSI, Anglo-Normanda, Hanoveriana, Trakehrierm Oldenburg, Napolilana, Hulstein, Passo Fino, Frederiksborg, Orloff Quarter-horse, Mangalarga, Campolina, Crioula, além da famosa raça Lippizana.
Em 1966 a Espanha cedeu alguns cavalos para os Estados Unidos da América , onde existem atualmente cerca de 300 espécimes da raça Puro-Sangue Andaluz Espanhol. Posteriormente por deferência especial da Estação Zootécnica de Portugal, foram introduzidos no Brasil reprodutores Andaluzes Lusitanos da melhor categoria existente na Península Ibérica.
Atualmente os cavalos Andaluzes nascidos na Espanha, constituem a raça Espanhola e os nascidos em Portugal, a raça Lusitana.
Cavalo forte e rústico, de temperamento nobre, dócil, sóbrio e resistente. Seus movimentos são ágeis elevados, extensos e enérgicos, mais versátil que qualquer cavalo, é treinado para adestramento, apresentando-se bem no salto, lida com gado e tração ligeira.
Para criador que queira melhorar a estrutura, o temperamento e os andamentos de seus animais, não existe melhor raça de sangue a introduzir no cruzamento com qualquer outra raça.
É o cavalo ideal para o homem atual: mesmo permanecendo vários dias estabulado, pode ser montado sem receio, pois é sério, não tem vícios nem maldades.
Uma vez montado um cavalo Andaluz, jamais se montará outro cavalo com tanto prazer e tranqüilidade
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giro
ResponderExcluirotimo tirei todas minha duvidas com meu seminario de zootecnia!!
ResponderExcluirparabens