O TURFE ÚNICO VEM AÍ!
OU É DE NOVO SÓ BLÁ-BLÁ?
* Na virada do século XXI, a “Pedra e Turfe Únicos” já eram uma criação de bom senso implantada na Argentina e no Chile e cogitada, timidamente, no Brasil.
* Uma cogitação, na verdade, politicamente mentirosa espalhada para boi dormir. Todos os presidentes, sem exceção, sempre alimentaram falsamente a ideia.
* Claro com menos culpa de responsabilidade aos Jockeys Clubs do sul, Paraná e Rio Grande, permanentes e indefesos reféns do eixo Rio-São Paulo.
* O Jornal do Turfe, através desta coluna, do Rezende e, em especial, do próprio Rizzon soltaram incansavelmente o verbo, conhecido como mero “blá-blá”.
* Há uns oito anos o Rizzon proferiu uma palestra aqui em Curitiba, para criadores, proprietários e diretores, pormerizando Tim-Tim-Por-Tim-Tim o sistema “Turfe Único”.
* Mais recentemente, tanto o presidente Márcio Toledo de São Paulo, quanto o Luiz Eduardo do Rio, tinham em suas plataformas políticas aquela implantação.
* A verdade, porém, é que nenhum dos dois, na prática, se mexeu. Não tanto por falta de competência, mas, em especial, por falta de uma liderança nacional.
* Em 2009, o maioral do JCB - depois de prometer em entrevista no JT - rejeitou oficialmente a ideia alegando não ver vantagem alguma em substituir o software atual.
* Sua alegação: “- As avaliações técnicas nos convenceram que não havia nenhuma vantagem tecnológica ou econômica para substituir o sistema atualmente em uso!”
* Reiteradas vezes escrevemos no JT que o turfe precisava de uma identidade nacional, não regionalista como acontece até hoje, exigindo uma união de todos.
* O turfe brasileiro, até então, tem mais cara de pangaré que de puro-sangue inglês, graças à omissão e a incapacidade de gestão com objetivos nacionais. Uma vergonha.
* Enfim, graças ao novo presidente Eduardo Rocha Azevedo, do JCSP, rapidamente as coisas parecem estar mudando. Espera-se que não seja mais um “fogo de palha”.
* Pelo menos suas primeiras ações foram positivas com o alavancamento das apostas em SP e o seu entrosamento imediato, com os demais Jockeys Clubs do Brasil.
* Azevedo assumiu botando para quebrar exigindo dos demais presidentes brasileiros, principalmente do Rio, mais brio, mais ação e menos conversa fiada. Falou grosso.
* Uma de suas muitas atitudes, visando o turfe como objetivo nacional, foi convocar as quatro principais entidades de turfe do Brasil para virar a mesa ou morrer...
* Sua pauta foi uma só: Turfe Único e Pedra Única, tal como na Argentina, agora mesmo e sem desculpas. O homem, pelo jeito, é duro na queda.
* “O agora mesmo” foi imediato, com os ajustes iniciais dos CPDs de São Paulo e Rio, que durante quatro meses funcionarão em caráter experimental no sistema “Pedra Única.”
* O projeto tupiniquim, inicialmente só Pedra Única, deverá, segundo os mais otimistas, se iniciar por ocasião do GP Brasil em agosto deste ano.
* Após o período de ajustes, o objetivo é a integração com os dois hipódromos do sul. O gerenciamento nacional das apostas, se SP ou Rio, ainda não foi decidido.
* Por certo a história, mais tarde ou mais cedo, vai dizer que o “pai da criança” não foi SP e sim o Rio ou vice-versa. Mas isso não será o mais importante.
* O importante foi sem dúvida a presença de sangue novo na pista gerencial do turfe nacional, com alma, pensamento e ação: o novo presidente paulista, Eduardo da Rocha Azevedo.
* Todavia, embora seja ele merecedor de parabéns pela iniciativa, há de se tomar o máximo cuidado para que a implantação do “Turfe e Pedra Únicos”, saia do “Blá Blá!”.
por Luiz Renato Ribas
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