Neste conjunto de reuniões, o Jockey Club Brasileiro renderá homenagens a alguns dos tríplices coroados no prado carioca: Timão, Indian Chris e Super Power, com provas especiais que levam seus nomes. Torna-se tríplice-coroado o produto que vencer as três etapas, tarefa das mais árduas e interessantes, uma vez que as disputas são realizadas em distâncias diferentes (milha, 2.000 metros e 2.400 metros, respectivamente), num curto espaço de tempo. Na história da Gávea, no total, apenas 13 alcançaram o feito: dez potros e três potrancas.
Na versão para produtos (fêmeas também podem ser inscritas), tudo começou com Talvez!. No preparo de Oswaldo Feijó e sob a condução do freio Reduzino de Freitas, levantou a Coroa em 1941. No ano seguinte, outro tríplice-coroado: Criolan, criação dos Paula Machado, treinado por Celestino Gómez.
Foram necessários mais 11 anos para o turfe carioca conhecer outro ganhador, Quiprocó, também treinado por Oswaldo Feijó, criação e propriedade dos Peixoto de Castro. A família, inclusive, voltou a vencer a Coroa três anos mais tarde, com Timão, ‘levado’ por Juan Marchant. Escorial, do Haras Guanabara, em 59, e African Boy, 20 anos depois, em 79, também se sagraram tríplice-coroados, este último conduzido por Édson Ferreira, na época do regime freio e que ainda monta.
Cinco anos depois, Old Master, do Araras, treinado por Wilson Lavor e conduzido por Francisco Pereira Filho, completou as etapas vitoriosamente. Em 87, o fenômeno Itajara não teve dificuldades para levantar as três etapas da Coroa, vencendo todas muito facilmente, no preparo de Francisco Saraiva e sob a condução de José Ferreira dos Reis, o Reisinho, hoje treinador.
Nove anos depois, Groove, preparado por Cosme Morgado Neto e montado por Jorge Leme entrou no seleto rol de ganhadores. Super Power, do Stud Rio Aventura, treinado por Nelson Marinho e dirigido pelo “Mestre” Juvenal Machado da Silva, foi o último tríplice-coroado que o turfe carioca viu, em 2000.
Na versão de fêmeas, disputada há poucas décadas, apenas três completaram as etapas vitoriosamente. A primeira delas foi a extraordinária Indian Chris (Ghadeer e Ocasião, por Waldmeister) de criação e propriedade do Haras Mondesir, treinada por Eduardo Caramori e montaria de Gonçalino Feijó de Almeida, em 91.
Sete anos mais tarde, em 98, Virginie (Legal Case e Misty Moon, por Baronius), criação e propriedade dos Haras São José e Expedictus, treinada por Dulcino Guignoni e conduzida por Carlos Lavor, também tornou-se tríplice-coroada. Em 2000 foi a vez de Be Fair (foto) (Fast Gold), irmã materna de Virgine e que também tinha o mesmo criador, proprietário, treinador e jóquei.
Por Danielle Franca.
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