7) A negociação dos terrenos ociosos do Jockey Club do Paraná foi um dos temas mais polêmicos de toda a história da entidade. Qual o seu ponto de vista sobre o assunto?
Crésus: Aí não se trata nem de uma questão de ponto de vista: se não fosse possível fazer o que foi feito, eu acredito que hoje o Jockey Club do Paraná não existiria, porque as dívidas existentes na época, com o Estado, Município e União, tornariam a sua existência impossível. E isso sem falar dos credores, de fornecedores, a folha de pagamento atrasada, atraso no pagamento dos profissionais, enfim, tudo isso nós herdamos, lamentavelmente, de gestões anteriores. Portanto, a única solução seria sacrificar aquela parte que foi vendida, para que pudéssemos saldar todos os compromissos em atraso. E foi isso que conseguimos fazer.
Jael: Em primeiro lugar, não são terrenos ociosos coisa nenhuma. Nós estamos conversando aqui, na minha cocheira, que deverá ser demolida. Então, como terrenos ociosos? A primeira parte da negociação foi um terreno ocioso lá no fundo do Jockey Club, porém, agora, trata-se de um terreno super valorizado, aqui de frente para a avenida, cheio de cocheiras, ACPCCP, então foi um absurdo. Porque uma coisa é vender um terreno ocioso. Outra coisa é vender um terreno que hoje é a vida do Jockey. Mas infelizmente está feito, foi feito sem o associado saber como foi feito. Não vimos concorrência, não vimos publicado em lugar algum, e foi vendido, por um preço que também não sabemos quanto foi.
8) Quais são as alternativas que podem ser utilizadas para a captação de receitas pelo Jockey Club do Paraná? Você possui alguma idéia diferenciada para aumentar o MGA, garantindo, assim, um aumento de receita para o clube?
Crésus: Isso é até uma redundância porque, como eu falei anteriormente, o movimento de apostas é relativo, diretamente, à formação dos páreos. E como eu pretendo trazer animais para formar os páreos, de animais de mais idade, eu creio que aí já é um percurso, digamos assim, que estará resolvido. E o aumento dos prêmios para que os potros, os animais de menos idade, possam competir.
Jael: Alternativas existem muitas. Algumas que deverão dar certo, outras que não. Vamos ver os exemplos dos demais hipódromos, mas temos que aumentar, realmente, o MGA. E como que vamos aumentar o MGA? Simplesmente trazendo mais apostadores, mais amantes do turfe, das carreiras, para o Tarumã nos dias de carreira. Para isto deverá ser feito um planejamento muito extenso junto a todos da diretoria, e eu já disse aqui que eu admiro o Márcio Toledo porque o Márcio fez esta parte em São Paulo, puxando gente, pessoas de todas as camadas sociais para aumentar o movimento de pessoas, aumentando assim o MGA.
por Victor Corrêa/Raia Leve
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