Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

GARROTILHO, TRATAMENTO DE GARROTILHO EM EQUINO


RESUMO

Garrotilho, ou adenite eqüina, é uma enfermidade infecciosa aguda ou subaguda dos eqüídeos. A enfermidade tem distribuição mundial, sendo causada pelo Streptococcus equi, subespécie equi (S.equi),bactéria cuja a penetração é através de vias aéreas sendo contaminado por inalação, ocasionalmente via oral. Sendo uma doença freqüente e importante no trato respiratório superior dos eqüídeos, uma doença
respiratória e piogênica acometem basicamente em eqüinos jovens, causadora de vários transtornos,podendo levar os animais á morte, caso as medidas terapêuticas e profiláticas não sejam adorados em tempo hábil.

1. INTRODUÇÃO

Trata-se de uma das primeiras doenças de eqüinos a serem descritas na literatura
científica mundial, segundo TODD (1910), fato que foi creditado a Jordanus Ruffus, em
1251 (TIMONEY, 1993). A importância militar do cavalo, bem como o seu papel no
transporte, na agricultura e no lazer, despertaram o interesse dos pesquisadores no
estudo e tratamento do garrotilho desde o início do século XIX (TIMONEY, 1993).
Segundo SMITH (1993), o termo garrotilho deve-se ao fato dos animais não
tratados quase sempre mostrarem sinais de que estão sendo "estrangulados"
(garroteados) em decorrência da obstrução da faringe causada pelos linfonodos
aumentados de volume.
O aumento de volume excessivo dos linfonodos, associado às lesões das
mucosas, pode impedir a mastigação, a deglutição e a respiração, levando à dispnéia e,
com o agravamento do quadro, levar à morte do animal por asfixia (RADOSTITS et al.,
1994).
Garrotilho, como é mais comumente conhecida, é uma doença infecto contagiosa,
caracterizada por inflamação do trato respiratório “superior”. Ataca de preferência animais
novos (de 6 meses a 5 anos), porém ocorre também em adultos. Aparece, normalmente
em locais de agrupamento de animais, pois o microorganismo é facilmente transmitido
através de bebedouros e comedouros de uso comum, pois invade o organismo com os
alimentos e água contaminados. Há animais resistentes portadores, que não apresentam
sintomas da doença, mas a disseminam, dando origem a surtos inesperados. Os animais
doentes precisam ser isolados.
Desta maneira, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os sintomas e possíveis
tratamentos do garrotilho em eqüinos.
2. CONTEÚDO
As doenças respiratórias infecciosas ocupam o segundo lugar entre as patologias,
logo depois dos problemas digestivos, tais como cólicas.

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A infecção pode ocorrer o ano todo, mas os surtos são mais comuns no inverno e
na primavera, pois a temperatura ambiente e a umidade aumentam a sobrevivência do
vírus.
O surtos de garrotilhos ocorrem principalmente entre animais jovens mantidos em
instalações com superlotação (JUBB et al., 1993). A morbidade é alta, próxima de 100%,
porém a mortalidade é baixa, cerca de 2 a 3%, quando as medidas terapêuticas
apropriadas são adotadas em tempo hábil (YELLE,1987). Aproximadamente 70% dos
animais afetados adquirem imunidade (JUBB et al.,1993), embora alguns possam
adoecer mais de uma vez (SCHILD, 1998). A resistência adquirida é devida,
aparentemente, à ação de imunoglobulinas IgA e IgG produzidas localmente na
nasofaringe (YELLE, 1987; JUBB et al, 1993).
A transmissão de S. equi ocorre por contato direto entre animais sadios e doentes
e pode dar-se também, indiretamente, por intermédio de tratadores ao lidarem com os
animais nos estábulos, ou mesmo por fômites infectados. A contaminação de alimentos,
cama, água, ar, utensílios de estábulos, sondas gástricas e endoscópios, além de insetos,
podem participar como fontes de disseminação do agente. É importante lembrar que
éguas em lactação podem apresentar mastite supurada que, segundo Wilkens (1994),
ocorre devido a contaminação no momento da mamada do potro infectado. Outros fatores
como estresse, transporte, frio excessivo, agrupamento de animais, excesso de trabalho,
infecções virais e parasitismo aumentam a susceptibilidade dos animais e podem
precipitar a enfermidade em animais com infecções latentes (YELLE, 1987; WILKENS,
1994).
Os anticorpos anti-S. equi que passam para os potros, via colostro, são secretados
na mucosa nasofaríngea. Durante os três primeiros meses de vida do potro, estes
anticorpos são encontrados nas mucosas oral e respiratória superior (RADOSTITS et al.,
1994).
Na grande maioria dos casos, essas doenças respiratórias são altamente
contagiosas e de origem virótica. Portanto, não se dispõe de um tratamento
verdadeiramente específico. Conseqüentemente, é necessário lançar mão de métodos de
profilaxia que protejam os indivíduos e os plantéis de eqüinos. As medidas sanitárias
desempenham um papel de extrema importância na prevenção das doenças respiratórias,
mas aqui, nos limitamos à profilaxia representada pela vacinação.
O seu controle baseia-se em medidas de profilaxia médica e sanitária.
Em algumas doenças, como no garrotilho, o uso de vacinas específicas é bastante
controverso, devido à sua baixa eficácia e principalmente às fortes reações locais e
sistêmicas que provocam.
O período de incubação da doença vai de 4 a 10 dias (5-6 em média), após
contágio de outro animal. Começa com inapetência, abatimento e febre alta (40-41ºC),
respiração difícil e acelerada, mucosa avermelhada, aparecendo depois de 2-3 dias uma
descarga mucopurulenta e depois purulenta, pelas narinas. Pode haver tosse, quer
perdure por várias semanas. Os gânglios da face apresentam-se endurecidas, quentes e
doloridos, transformando-se depois em abcessos que supuram e libertem pus amarelo e
cremoso (MILLEN,1984).
Segundo RADOSTITS et al. (1994), nos casos moderados, o curso clínico tem
duração média de duas a quatro semanas e normalmente termina com a recuperação
completa do animal. Entretanto, os casos graves podem persistir por até três meses.
Durante esse período, ainda segundo os autores, os animais disseminam o agente pelas
secreções nasais.
O tratamento deverá ser realizado de acordo com o estágio da doença. A decisão
pelo uso de antibióticos irá depender da severidade dos sinais clínicos, do número e da
idade dos animais afetados (BEECH E SWEENEY, 1991). A facilidade de administração,
bem como o intervalo entre dosagens, deverão ser levados em consideração na escolha
do antibiótico, principalmente quando há grande número de animais afetados. Os animais
acometidos deverão ser isolados do plantel.
O tratamento é realizado de acordo com o estágio da doença. A decisão pelo uso
de antibióticos irá depender da severidade dos sinais clínicos e da idade dos animais
afetados (BEECH E SWEENEY, 1991). A facilidade de administração, bem como o
intervalo entre dosagens deverão ser levados em consideração na escolha do antibiótico.
Os animais acometidos deverão ser isolados do plantel.

A progressão da doença nos animais que apresentam sintomatologia da infecção
por S. equi, porém sem abscedação dos linfonodos, pode ser inibida pelo uso de terapia
com Penicilina G (15.000 UI/Kg p.v., de 12 em 12 h) (TAYLOR, 1992). Um plano
adequado de dosagens deverá ser utilizado até que haja a remissão completa dos sinais
clínicos (BEECH E SWEENEY, 1991).
Outros antibióticos, tais como a oxitetraciclina, a combinação sulfa + trimetropim, a
eritromicina, embora apresentem menor eficiência, também poderão ser utilizados
(YELLE, 1987).
3. CONCLUSÃO
Com base no presente estudo o garrotilho se destaca pela sua alta freqüência de
morbidade elevada além das várias seqüelas observadas. Propõem-se tratar os animais
com o uso de terapia com Penicilina G.

publicado http://www.revista.inf.br

Um comentário:

  1. Boa tarde
    Acompanho seu blog e adoro
    Tenho uma dúvida
    Minha égua está prenha pertinho de parir e está com garrotilho
    Posso dar algum medicamento ?
    Desde já obrigada

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