As quedas dos puros-sangues o perseguem desde os tempos das canchas retas. Vagner Borges, 17 anos, quarto colocado da estatística da Gávea, e apontado pela maioria dos treinadores como a segunda maior revelação do turfe carioca depois do líder da estatística, Henderson Fernandes, voltou a sofrer grave acidente na raia.Contratado do Stud Cafelândia, recém contratado como segunda-monta do Stud Alvarenga, e com futuro dos mais promissores na profissão, ele viu numa fração de segundos, os seus sonhos serem adiados, mais uma vez.“Na hora da queda achei que não fosse nada demais. O cavalo mancou feio, mas caiu aos poucos, e eu consegui rolar no chão e me defender dos que vinham atrás. Mas no primeiro movimento que dei, ainda deitado, pude sentir a dor na clavícula, do lado oposto daquela que sofri no ano passado. Mas já estou conformado. Agora é esperar a fratura consolidar e voltar ao trabalho. O momento não foi bom. Estava embalado e com oportunidades de vários proprietários importantes”, lamentou.Borges monta desde os 12 anos, em canchas retas. Participou de corridas em todas as principais retas do interior do Rio Grande do Sul. Até mesmo no Uruguai chegou a montar. Se fosse atleta do futebol seria chamado de gato, tal a sua experiência. O jovem aprendiz vai fazer mais alguns exames e depois pretende ficar ao lado da família e dos amigos em Rio Grande e Pelotas. “Tenho muito tempo pela frente. Não vou desanimar. Segundo o meu amigo Gérson talvez a razão para tantas quedas seja eu não ter sido batizado. Vou providenciar isso lá no sul. Não posso voltar às pistas enquanto ainda for pagão”, brinca.
por Paulo Gama
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