Páginas
▼
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Odélia Paim
Respondendo a uma pessoa curiosa
Alguém teria questionado o porque de estarmos defendendo a senhora Odélia e o que teríamos haver com isso, assim narrou uma testemunha, funcionário do JCB, que teria ouvido de um diretor do clube (uma pessoa infeliz) comentário pejorativo com relação a minha postagem no Raia Leve que foi contraria ao procedimento para com a viúva do senhor Almiro, contrária a forma, sobretudo.
Faço parte de um grupo chamado “Cantareiros”, já bem conhecido no meio assistencial, formado por atores do teatro musical que há muitos anos desenvolve em parceria com a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro um trabalho filantrópico, de cunho estritamente social, junto a várias instituições públicas e privadas: hospitais para tratamento de câncer (Adulto e infantil), orfanatos, centros de tratamento intensivo e também asilos, tentando levar um pouco de amor e carinho regados a música, alegria e muita solidariedade.
A Internet e as redes sociais estão repletas de vídeos referentes a este trabalho que tenho orgulho de co-liderar e participar ativamente como voluntária e patrocinadora dedicando muito do meu tempo para servir a um ideal que já faz parte do meu DNA.
Cada vez que chego a uma instituição (já que muitos doentes e acompanhantes me são totalmente familiares) rezo para encontrá-los bem vivos como foi o caso recente do Pedrinho internado já há dois anos em tratamento de um de câncer muito agressivo.
Dona Carolina, por exemplo, com 106 anos, levanta e dança cada vez que vamos visitá-la, ninguém pode imaginar a alergia dela quando é avisada da nossa chegada.
Ontem eu estive novamente com o Gustavo cuja mãe encontra-se muito doente internada há meses, e ele me disse quando me despedi: - Tia, você volta amanhã?
Para o tal “curioso” que não entende como que alguém pode se importar com a senhora Odélia, ex-professora da Escola do JCB, viúva do senhor Almiro Paim, ambos com amplo histórico de dedicação ao clube, disponibilizo um link em que tive a oportunidade de captar as imagens do alto, no Lar de Nazareth, mostrando algumas senhoras que, tal como Odélia, receberam uma espécie de “ordem de despejo” de alguma instituição ou de alguma família, pobre de situação financeira ou de espírito, o fato mais recorrente.
Fico pensando se entre elas, por ironia, não se encontra alguma aparentada do referido “diretor”, favorável ao descarte cada vez que a idade avançada bate à porta de um ser humano.
por Jéssica Dannemann
www.raialeve.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário