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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Jockey Club do Paraná necessita de ajuda


MATA A COBRA E MOSTRA O PAU
* Vai semana, vem semana e as picuinhas do “disse-me-disse” praticamente são as mesmas ladainhas de sempre: o turfe está com as calças na mão, o que não é nenhuma novidade há muitos anos. Mais recentemente a Associação dos Criadores (Jael Barros, presidente) precisou intervir financeiramente para colocar areia na pista. Estava tão ruim e perigosa, até mesmo para trabalhos matinais.

* E depois dos cínicos escândalos, seis dopings no domingo do GP “Paraná”, então, a coisa que já estava ruim, piorou ainda mais. Temos uma comissão de sindicância instalada (Antonio Zeni, presidente) para apurar os culpados. Já devia. Mas, no meio do caminho, uma liminar a favor do suposto dopador tirou a lenha da fogueira, esfriando o entusiasmo, o andamento. Será?


* Também, para piorar mais ainda a situação moral do turfe paranaense a Comissão Coordenadora da Criação do Cavalo Nacional (CCCCN), órgão do Ministério da Agricultura, determinou a  inadimplência do JCP (Cresus Coutinho Camargo, presidente) inscrevendo o débito na Dívida Ativa da União em precisos R$ 1.257.180,74, ao lado dos Jockeys Clubs de São Paulo (R$ 5.201.381,16) e Rio Grande do Sul (R$ 4.367.181,61). O único que está zerado, junto ao fisco federal, é o do Rio de Janeiro.

* Claro, não estamos falando de eventuais débitos com o Estado, Município e fornecedores dessas quatro entidades. O Cristal justifica que sua dívida será paga pela Multiplan, investidora comercial numa área do Hipódromo. Mas para a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, o devedor é unicamente o JCRGS, comprometendo sua credibilidade, até que se explique que “Jacaré não é Cobra d’Água”. Há débitos do IRRF, PIS, PASEP, CLT e CSRF do Jockey do Paraná também registrados na Receita Federal.

* Honestamente, já que a nossa Associação de Criadores tem credibilidade, bala na agulha, porque não assume de vez o comando (em off) do JCP? Não basta colocar somente areia na pista, é preciso muito mais que isso: colocar todo mundo na parede para explicar e trabalhar, investigando se há, porventura, também alguma caixa preta no caminho.

* Não queremos, em absoluto, prejudicar o turfe daqui, mas insistir por uma transparência prometida e não cumprida. Que seus Conselhos, principalmente o Fiscal, demonstrem que não foram eleitos apenas para ficarem na sombra. Tomara que estejam desempenhando estatutariamente suas funções, desmentindo as “bocas malditas” da Vila Hípica.

* Provavelmente não são notícias que possam alegrar nem aos diretores, nem aos criadores, nem aos proprietários, nem aos profissionais e muito menos aos turfistas. Mas se todos se omitirem, todos vão virar pó, inclusive este jornal.

 transc. do Jornal do Turfe - Coluna de Luiz Renato Ribas

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