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terça-feira, 20 de março de 2012

Saiba mais sobre a Influenza Equina


INFLUENZA EQUINA



A influenza equina é uma doença viral altamente contagiosa que acomete animais de qualquer idade e é considerada uma das enfermidades respiratórias mais comuns.

Os vírus da influenza equina tem grande capacidade de sofrer mutações antigênicas o que reduz o grau e o período de proteção conferida por infecção anterior ou pela vacinação.

A influenza é contraída através da inalação e o vírus infecta as células epiteliais das vias aéreas superiores e inferiores. Tem início repentino e período de incubação de 1 a 3 dias. A propagação é muito rápida, podendo chegar a 100% em populações suscetíveis. Os animais permanecem infectantes por 3 a 6 dias após os últimos sinais da doença.

Potros que não possuem anticorpos maternos apresentam sinais clínicos muito graves de pneumonia viral, podendo até chegar à morte.Os sinais clínicos mais comumente encontrados são: tosse, secreção nasal, febre, depressão e inapetência (falta de apetite).

O transporte de animais que estão incubando a infecção ou de animais infectados porém assintomáticos, sem um período adequado de quarentena, facilita a propagação da doença.

A epizootia (conceito utilizado para qualificar uma enfermidade contagiosa que acomete vários animais ao mesmo tempo numa mesma região e que se propaga com rapidez) geralmente tem início em lugares com grandes concentrações de animais (corridas, eventos, torneios, leilões).

A mutação do vírus e a falta de vacinação dos animais em intervalos regulares facilitam o aparecimento de surtos, que podem ocorrer o ano todo, mas principalmente na primavera e no inverno, pois a baixa temperatura do ambiente e umidade aumentam a sobrevivência do vírus.

O diagnóstico é feito através da observação dos sinais clínicos e exame endoscópico, onde pode-se observar nas vias aéreas superiores presença de inflamação da faringe, laringe e traquéia e presença de secreções. No hemograma observa-se inicialmente linfopenia (diminuição da contagem de linfócitos) seguida de monocitose (aumento da contagem de monócitos).

O tratamento é apenas sintomático e os animais devem ser isolados para diminuir ou evitar o risco de contágio para outros animais. Recomenda-se repouso e retorno gradativo às atividades físicas após o desaparecimento dos sinais clínicos. Nesse período de repouso, principalmente para animais que apresentam inapetência é recomendável que se ofereça ao animal alimento palatável e de boa qualidade. Esses cuidados são necessários para se evitar o risco de infecções secundárias, tais como pleuropneumonia e pneumonia bacteriana, com consequente piora do quadro clínico.

A prevenção da influenza é feita através da vacinação e é capaz de reduzir a gravidade da doença e a propagação da infecção. As vacinas comercializadas atualmente são administradas por via intramuscular e contêm antígenos inativados.

Animais jovens devem ser vacinados a cada 6 meses e, se participarem de competições regularmente, recomenda-se a vacinação em intervalos de 3-4 meses para oferecer um nível ótimo de proteção. A vacinação de equinos contra influenza não é recomendada por um período de 7-10 dias antes de eventos ou provas.

Todos os animais que são introduzidos ao plantel ou de que se suspeita de infecção devem ser isolados para minimizar a propagação da doença, que pode ocorrer em questão de algumas horas, através da tosse seca persistente que os equinos doentes desenvolvem e que libera grandes quantidades de partículas virais no ar. O vírus também pode ser transportado pelo vento e infectar animais nas instalações vizinhas.

A transmissão do vírus também pode ocorrer através do contato com empregados, alojamento e veículos contaminados. O alojamento e os veículos de transporte devem ser totalmente desinfetados antes de serem reutilizados por animais não infectados. Os empregados não devem se locomover entre instalações com animais infectados e instalações isentas dos mesmos. O vírus é muito suscetível à luz solar e a desinfetantes, tal qual hipoclorito de sódio, que é barato e bastante eficaz.



Rosalie Joslin Kowal

CRMV-RJ: 5728

Patologia Clínica – Hospital Veterinário Octávio Dupont

Jockey Club Brasileiro

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