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quinta-feira, 15 de março de 2012
HIPÓDROMO DE ALUGUEL OU CEMITÉRIO VERTICAL?
* Enquanto o tempo passa a história, que é linear e não se repete, segue a sua trajetória, através da eternidade, independente de seus valores.
* E o Tarumã não fugirá dessa verdade guiando seu próprio destino, através de seus mandatários, como melhor lhe aprouver.
* E claro, as consequências reverterão em custos, benéficos ou maléficos, a todos turfistas sem exceção.
* O Século XXI tem sido marcado como o da mais delicada transição recorrente no turfe brasileiro: ou prossegue ou termina.
* Ninguém desconhece que as finanças do JCP, desde o início do atual século, é o denominador comum à sua independência ou morte.
* Salvo os exageros imorais, como dos votos de fantasmas e defuntos naquela famigerada assembleia geral extraordinária de venda patrimonial.
* Uma assembleia comprovada e reconhecida pela própria diretoria do JCP - interrogada e indiciada na polícia - como “sobrenaturalmente fraudada”.
* Mas nenhum dos diretores de 2007 sequer esboçou abrir uma sindicância interna para tirarem, cada um, o seu da reta. Quem cala...
* Pena porque a maioria dos votantes, vivos e presentes, em número insuficiente ao quorum legal, porém, era francamente favorável a venda.
* Enfim, os terrenos com 129.606,56m2 - dos originais 814.637,04m2 do hipódromo - renderam ao Jockey R$ 20 milhões corrigidos.
* E além desse dinheiro - parte retida pelos compradores para quitar débitos fiscais do JCP - outro valor menor foi adiantado pelo Shopping.
* Mas se a justiça anular aquela “maracutaia” de 2007, o JCP poderá recuperar as áreas negociadas hoje valendo, dizem, R$ 80 milhões?
* Mudando de saco para mala: dá para imaginar os futuros vizinhos residenciais do Tarumã, convivendo com o “cheirinho-perfumado” de nossa Vila Hípica.
* Um bom motivo para os investidores imobiliários pressionarem, junto com o Shopping, a reconstrução das cocheiras além da Serra do Mar???
* Assim o turfe no Paraná, é talvez a incógnita entre a glória e o inferno, isto é, um pobre hipódromo de aluguel ou futuro cemitério vertical?
por Luis Renato Ribas
transcrito do Jornal do Turfe
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