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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Jorge Ricardo, entrevista exclusiva para o Site do JCB


Maior jóquei brasileiro de todos os tempos, Jorge Ricardo dará um brilho especial na reunião do próximo domingo, dia 12, no Hipódromo da Gávea. A “Maquina de Vitórias” assinou nove compromissos de montaria para o meeting carioca, incluindo as duas provas de Grupo 1.

No GP Estado do Rio de Janeiro (G1) – Stud TNT, primeira prova da Tríplice Coroa de produtos, o piloto irá conduzir o corredor Plenty Of Kicks (Stud São Francisco da Serra), e no GP Henrique Possolo (G1) – Stud TNT, abrindo a Tríplice Coroa de Potrancas, Licca-Chan (Haras São José da Serra).

Dono de 11.454 vitórias, Ricardinho, como é popularmente conhecido, está há apenas 18 conquistas do canadense Russell Baze, atual número 1 do mundo.

Abaixo, um pequeno bate-bate com Jorge Ricardo:

Como surgiu essa oportunidade de montar o Plenty Of Kicks na primeira prova da Tríplice Coroa?

JR: Conversando com o César, encilhador, que me ajudou muito e segue me ajudando sempre que estou no Brasil, descobri que o V. Gil não ia poder montá-lo por questões contratuais. Então o Sampaio me ofereceu a montaria e não pensei duas vezes.


Está animado com a montaria? Conhece a campanha do cavalo? Os adversários?

JR: Plenty Of Kicks tem uma campanha espetacular. Tive a oportunidade de assistir a Milha Internacional que ele venceu, realmente foi uma demonstração muito boa. Não estou muito por dentro dos adversários, mas pelo pouco que conheço dos animais, devem ser destacados: Energia Davos, que vinha de atuar no Derby Paulista e venceu na redução dos 2.400 metros para a milha; Falaram-me muito bem do Tavares Rico, que deu boa impressão na preparatória, e também do Psarou, do Tevere, que reapareceu correndo bastante. Ao longo desta semana vou ver a revista e analisar o páreo e os adversários pela internet. Mas acredito que se o Plenty Of Kicks tiver bem e confirmar o que já mostrou, vai ser difícil algum outro animal superá-lo.

O que espera desse reencontro com o Hipódromo da Gávea?

JR: É sempre muito bom voltar para casa, rever a família, os amigos, com os quais eu convivi tantos anos, voltar ao Rio, ao Hipódromo que me consagrou e que passei tantos momentos especiais. Tenho também outras montarias no domingo, como a Licca-Chan, que não conheço muito bem, mas é treinada pelo Guignoni, que está confiante. E Guignoni é sempre Guignoni. É uma felicidade muito grande estar de volta. Se Deus quiser e a gente conseguir ganhar algum páreo importante, será incrível.

E a expectativa de voltar a ser o primeiro em número de vitórias no mundo?

JR: A expectativa é a melhor possível. Graças a Deus tudo está indo muito bem. Depois que voltei a montar, em 2009, já consegui reduzir a diferença de 190 para 18 vitórias (até 06 de fevereiro). Estou tranquilo, se tudo seguir assim é questão de tempo, mas claro que a ansiedade é muito grande.


Quais as principais diferenças entre o turfe argentino e o brasileiro?

JR: É um pergunta de difícil resposta. O turfe na Argentina é movido pela paixão. É um povo que têm muito amor, muito carinho ao cavalo de corrida e a corrida de cavalo, eles vivem o turfe 24h por dia. Um proprietário vence um páreo de cinco, seis anos perdedor e vibra, comemora como se tivesse vencido o GP Brasil ou o Pellegrini. O governo tem uma importância muito grande neste processo, os Hipódromos recebem um enorme apoio, como o subsidio das loterias. Em Palermo tem o cassino, que também ajuda os prêmios seguirem altos. Agora, a criação brasileira, os cavalos, a organização, as pistas, isso tudo, compete de igual para igual com a Argentina, se não for melhor. A nova pista de grama da Gávea está muito boa.

Por Celson Afonso – Fotos: Arquivo JCB e internet
Site do JCB

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