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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

PAPO DE TURFE COM CARLOS BELOCH



Uma das personalidades mais queridas entre proprietários e profissionais do Hipódromo da Gávea, Carlos Beloch, titular do Stud BPM Giants, é o convidado especial desta semana na coluna de entrevistas do site do Jockey Club Brasileiro.

Como o turfe entrou em sua vida?

CB: O GP Brasil de 1960 foi o início de tudo. Aos 13 anos meu tio, que era um grande turfista, me levou para assistir a maravilhosa vitória do grande Farwell.

O que as corridas de cavalos representam para você?

CB: As corridas para mim, e principalmente os cavalos, representam o meu maior prazer em termos de diversão e conquistas. Cada vitória de um animal de minha propriedade torna-se fonte de grande prazer e alegrias.

Quais são melhores cavalos/éguas que já viu correr?

CB: Dentre tantos que eu vi correr vou citar seis cavalos e seis éguas. Entre os cavalos, Escorial, Farwell, Boticão de Ouro, Much Better, Sandpit e Itajara, sem dúvida o melhor de todos. Em relação às éguas, Off The Way, Emerald Hill, Immensity, Anilité, Virginie e Celtic Princess.

Cavalo/égua mais bonito que já viu?

CB: Eu gosto tanto do Itajara por ter sido o melhor, que automaticamente se torna o mais bonito. E das éguas a Immensity.

Melhor animal de sua propriedade e/ou criação?

CB: Considero dois animais de minha propriedade: Quelf, uma filha de Clackson que ganhou o GP Oswaldo Aranha em 1990 e havia tirado segundo no Diana com uma derrota incrível. E outro que eu amava era o Ange Gardien, um lindo filho de Millenium que proporcionou a primeira vitória clássica ao Marcello Cardoso, na época ainda aprendiz de primeira.

Quais jóqueis fazem a diferença?
CB: Os que fizeram a diferença foram Rigoni, Irigoyen, Antonio Ricardo, Juvenal e Goncinha. Os que fazem atualmente são Ricardinho (Hors Concours), Dalto Duarte e Marcos Mazini.

Quais os melhores treinadores em sua opinião?

CB: O grande mestre Seu Nonô (Ernani de Freitas) e Venâncio Nahid.

Melhores garanhões da atualidade no turfe nacional?

CB: Wild Event e Crimson Tide.

Melhores garanhões da história do turfe brasileiro?

CB: Fort Napoléon, Waldmeister e Felício.

Seu momento inesquecível no turfe?

CB: A linda vitória da minha Quelf no GP Oswaldo Aranha (G2).
Algum páreo marcante?

CB: Por incrível que pareça, o páreo que mais marcou foi o de Amadores em que o meu filho Bruno montou. Nunca suei tanto vendo uma carreira na minha vida.

Qual foi sua maior tristeza com cavalos?

CB: Tristeza com cavalos temos muitas, mas a grande mesmo foi a aposentadoria e morte precoce do fenômeno ITAJARA.

O que espera do turfe brasileiro nos próximos anos?

CB: Que o nosso turfe, assim como um todo, seja mais bem visto no âmbito internacional e que com a proximidade das eleições no JCB que todos tenham calma nas suas decisões. Que os sócios escolham bem o melhor nome e a melhor chapa para gerir o nosso clube nos próximos quatro anos.

O que você diria para um novo proprietário que está começando a investir em cavalos de corrida?

CB: Se você ama o cavalo PSI entre de cabeça. Se você não ama o PSI aproveite seus fins de semana para ir à praia.

Por Celson Afonso
JCB

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