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sábado, 1 de outubro de 2011

Pela 91ª vez, o charme de um Arco do Triunfo

Pela 91ª vez, o charme de um Arco do Triunfo - [29/09/2011]

"Ce n’est pas une course, c’est un monument". A expressão em francês, que em nosso dialeto diria “não uma corrida, um monumento”, foi o slogan desenvolvido pelo marketing da France-Galop no ano de 2003 para a respectiva edição do Prix l’Arc De Triomphe (gr.I). E podemos dizer que a iniciativa publicitária consegue refletir, em poucas palavras, tudo o que representa este páreo, não apenas para a França, mas sim para o turfe internacional como um todo.

O embate mais aguardado do ano na Europa carrega consigo algo que poucos páreos, independentemente de bolsas milionárias ou importância, conseguem apresentar: uma grande dose de charme. Aliás, a atmosfera de romantismo, bastante peculiar à França e que não restringe seu alcance aos terrenos de Longchamp, transforma esta corrida no artigo de maior cobiça para muitos proprietários, jóqueis e treinadores. Não obstante, pelo aspecto técnico o “Arco” costuma proporcionar aos turfistas de todo o Planeta, um tira-teima em alto estilo, daqueles parelheiros que defendem a principal virtude do cavalo europeu: o classicismo, na grama e no fundo.

Até o final do Século XIX, os páreos disputados na França ainda eram restritos a cavalos nascidos no país. Contudo, aos poucos a idéia de estabelecer um maior empreendedorismo, através do estreitamento dos laços sociais com o turfe de outros países (além, é claro, de garantir mais visibilidade às corridas francesas), foi amadurecendo, até que, anualmente, começaram a ser realizadas algumas provas que permitiam a participação de “forasteiros”. Depois do Grand Prix de Paris (1863) e do Prix Du Conseil Municipal (1893), o Prix l’Ard De Triomphe foi instituído no ano de 1920 – portanto, o terceiro páreo internacional que passou a constar no calendário francês – e desde então agrega tradição e mais tradição, a cada ano superado.

Desde Comrade, passando por nomes como os de Ribot, Mill Reef, Alleged, Rainbow Quest e Montjeu, até chegarmos em Workforce – o atual ganhador – o “Arco” coroou alguns dos mais expressivos corredores europeus de todos os tempos. O turfe brasileiro, por sua vez, esperou até 1994 para ter o seu primeiro representante no páreo, ano em que Much Better cumpriu elogiada atuação, mesmo tendo finalizado fora do marcador. Há dois anos Hot Six (assim como Much Better, criado pelo Haras J.B.Barros) voltou a levar o PSI brasileiro à mais almejada disputa da Europa. Grandes coudelarias e profissionais também realçam a tradição deste embate, que em 2011 será disputado por 16 animais. Nomes como os do já citado Workforce, So You Think e da atrevida Sarafina, prometem trazer muita emoção à super jornada francesa, que contará ainda com a disputa de outros 6 páreos de grupo I.

Confira abaixo (por ordem de balizamento) os inscritos no “Arco 2001”:

Workforce
So You Think
St. Nicholas Abbey
Silver Pound
Hiruno D’Amour
Nakayama Festa
Sarafina
Snow Fairy
Treasure Beach
Reliable Man
Meandre
Masked Marvel
Shareta
Testosterone
Galikova
Danedram

por Victor Corrêa

Um comentário:

  1. Pois é, a simples leitura do artigo reflete a beleza e tudo o que envolve, não uma simples corrida de cavalo, mas a reunião das mais diversas atividades de unindo homem e o mais lindo,o mais poderoso,o mais amigo a quem tanto a humanidade deve , o mais , o mais sempre mais fantástico ser do reino animal,mesmo sendo na verdade o PSI fruto da genialidade britãnica, so vem provar que o homem e a animal são inseparáveis.

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