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domingo, 4 de setembro de 2011

Cuidados especiais - Por Rosalie Joslin Kowal

Todos os cavalos que não vivem em liberdade têm necessidades básicas que devem ser satisfeitas por quem os detém e deles se ocupa. Os cavalos em cativeiro dependem em tudo dos humanos.


As rotinas de manejo serão boas se os cavalariços souberem adaptá-las aos animais ao invés de tentarem impô-las indiscriminadamente.

A higiene é fundamental para obtermos animais sadios. Seja do animal, do ambiente em que vive ou do funcionário que o trata diariamente. Este cuidado evitará a presença de moscas, mosquitos, roedores e até mesmo animais peçonhentos, que, quando presentes, são vetores de várias doenças. Diariamente, deve-se promover a limpeza dos cascos e a escovação dos cavalos. Com relação à saúde, damos ênfase à profilaxia, muito mais barata e segura. Devemos ter um bom esquema de vacinação e vermifugação. Os animais devem ser vacinados contra influenza, tétano, encefalomielite e rinopneumonite. A vermifugação deve ser realizada periodicamente, com intervalos de 60 a 90 dias, sempre alterando o princípio ativo do vermífugo, para que se combata um maior número de parasitos.

Outro importante item a ser observado é a organização dos documentos dos animais (carteira de identidade, carteira de vacinação e exame de anemia infecciosa equina) , que devem estar na mesma cocheira em que o animal se encontra e à disposição das pessoas interessadas para pronta consulta.



CUIDADOS HIGIÊNICOS COM OS CAVALOS:


Primeiramente deve-se escolher um local calmo para escovar o cavalo e realizar a limpeza dos cascos. Vale lembrar que cabe aos cavalariços evitar situações a que previsivelmente os cavalos reagirão inadequadamente e conflitos de vontades. A limpeza diária dos cavalos deve ser um momento agradável e de descontração para o animal.

BANHO: o cavalo deverá ser molhado de baixo para cima, começando pela parte inferior dos membros para que possa se adaptar à temperatura da água. A cabeça não deve ser lavada com mangueira, mas sim com um pano molhado. É importante não esquecer de lavar os genitais tanto de cavalos quanto de éguas. Faça uso de luvas cirúrgicas se assim julgar necessário, mas é preciso lavar dentro da bolsa escrotal dos cavalos, pois o acúmulo de sujeira muitas vezes resulta em infecções e até bicheiras.

ESCOVAÇÃO: os materiais utilizados como escovas, raspadeiras, panos, etc, deverão estar limpos e em boas condições. A escovação é uma boa maneira de prestar atenção se não há falhas na pelagem, decorrentes de micoses e alergias.

CASCOS: “sem cascos não há cavalos”; logo, os cascos merecem atenção especial, pois são eles que suportam todo o pêso dos cavalos e amortizam o choque do impacto com o solo. A limpeza é feita com o uso do limpa-cascos e escovas.



CUIDADOS HIGIÊNICOS COM AS COCHEIRAS:


Grande parte da saúde e bem-estar dos animais estão relacionados com o ambiente em que eles vivem e não é preciso ser um profundo conhecedor de cavalos para imaginar o tempo que eles passam estabulados. Por esta razão as baias devem ser locais arejados, limpos e confortáveis.

COCHOS: os cochos de água devem ser limpos diariamente com água corrente para evitar a formação de limo. Os cochos de comida também devem ser limpos diariamente com uma escova a cada refeição e devem ter cantos arredondados para evitar que se acumule ração nos cantos que pode vir a fermentar e provocar cólicas. Deve-se avaliar sempre se no meio dos fardos de feno não existem pregos, pedras ou pedaços de arame.

PORTAS: é importante também manter as portas das cocheiras sempre limpas e as fechaduras lubrificadas, em bom estado de conservação.

CAMAS: é recomendável examinar a cama duas vezes ao dia, preferencialmente de manhã e à tarde. O esterco e todas as partes da cama molhada pela urina devem ser retirados e jogados em uma esterqueira. A esterqueira deve ser localizada longe das baias para não atrair moscas e para evitar a transmissão de doenças. Isto também evita que o odor desagradável se propague

Quando alguma parte da cama for retirada esta deve ser reposta com o mesmo material e na mesma quantidade para evitar desníveis que comprometam sua qualidade.

TRATADOR: como sabemos, o tratador é a pessoa que passa mais tempo junto aos cavalos e é, na maioria das vezes, quem detecta os primeiros sinais de patologias como claudicações, cólicas etc. Para que o proprietário se sinta totalmente seguro em relação à maneira que seu cavalo está sendo manejado, confiar na pessoa que passa a maior parte do tempo junto de seu cavalo e investir em cursos de aperfeiçoamento é sempre útil.



CUIDADOS COM A RAÇÃO:

Os depósitos de armazenagem de ração devem ser secos, bem ventilados, com boa entrada de luminosidade e preferencialmente com pé direito alto. Os sacos devem ser armazenados sobre estrados de madeira que tenham pelo menos 20cm de altura em relação ao chão e devem ficar afastados aproximadamente 50cm das paredes e longe de produtos de limpeza, venenos, etc. Deve-se abrir um saco de ração por vez e acabar com este saco antes de abrir outro. A recomendação do fabricante é sempre manter a ração dentro da embalagem que ela foi produzida, por isso deve-se ter cuidado especial com a preservação da mesma. Goteiras devem ser evitadas, pois a umidade pode causar o aparecimento de fungos ou bolores na ração. . É importante que a ração deteriorada não seja fornecida aos eqüinos, pois podem causar cólicas de gravidade variada, de acordo com a sensibilidade de cada animal, podendo levar ao óbito.



Por Rosalie Joslin Kowal CRMV RJ: 5728

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