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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Novas ordens de despejo nas Vilas Hípicas

Neste fim de semana, mais famílias receberam a inescrupulosa carta remetida pela presidência do Jockey Club Brasileiro, assinada pelo Presidente Luis Eduardo da Costa Carvalho.

O corpo do documento, já é conhecido por quem vem acompanhando esta onda de desumanidade por parte da diretoria do clube. Baseado no Art. 581 do Código Civil Brasileiro, o presidente solicita aos moradores que desocupem seus respectivos endereços no prazo de 30 dias corridos.

Mesmo diante de todo o clima de revolta dos funcionários, proprietários e turfistas, o presidente permanece disparando ordens de despejo a profissionais que dedicaram suas vidas ao turfe. Famílias que vivem nas vilas há muitas décadas.

Inclusas na "lista de despejo" estão as famílias dos profissionais: Eudácio Moreira, JD.Moreira, Moisés Araújo, Severino Câmara, Nizo Ferreira, Almiro Paim Filho, J.Martins, Darcy Moreira (Tote) entre muitos outros.

A filha do profissional Darcy Moreira, Tania Cotta, entrou em contato com a nossa redação.

"Meu pai, Jorge Darcy Moreira (Tote), hoje com 81 anos, foi profissional do turfe desde os 15 anos de idade, quando obteve sua matrícula de cavalariço; foi sub gerente do então treinador falecido Waldemiro Gomes de Oliveira. Obteve sua matrícula de Treinador em 1970. Seu avô materno, José Paula Mendes, e seu pai Eudácio Moreira, também foram treinadores.

Eu, Tania Moreira Cotta, resido com minha mãe na casa 8 da Vila Hípica desde o meu nascimento, em 1959. Fui funcionária da Administração das Vilas Hípicas no período de 1979 à 1985.

No meu caso, não entregarei sem luta o imóvel por minha família ocupado. Não deixarei escapar da minha memória toda uma infância e adolescência passadas dentro das Vilas."

Outro profissional aposentado que vem passando noites em claro após receber tal ordem, é o ex-jóquei J.Martins. Morador das Vilas Hípicas desde 1937, hoje com 86 anos de idade e dependente de medicamentos para o controle da pressão arterial.

Nossas mentes processam milhares de perguntas, buscando entender o que motiva tudo isso. Algumas respostas chegam. Mas nenhuma nos convence.

por Eluan Turino

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