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domingo, 31 de julho de 2011

Profissionais decidem inscrever na semana do "Brasil"

Profissionais decidem inscrever na semana do "Brasil"

Como já havia sido decidido anteriormente na reunião da qual resultou a total paralisação das corridas da Gávea esta semana, a Associação dos Profissionais do Rio de Janeiro recomendou a todos os seus membros que, em vista da decisão obtida na Justiça com respeito ao pagamento integral do seguro saúde pelo Jockey Club Brasileiro, inscrevam normalmente os cavalos para a próxima semana do GP Brasil, prova máxima do turfe brasileiro.

Segundo a Associação, entretanto, permanecem sem nenhuma perspectiva de solução os graves problemas resultantes da retomada indiscriminada das cocheiras e das casas das vilas hípicas por parte da presidência do Jockey Club Brasileiro, com a tentativa de expulsão dos comodatários, profissionais, e suas famílias, algumas delas ali residentes há várias gerações.

Tão grave quanto, é a inadmissível decisão de extinguir a Caixa Beneficente dos Profissionais do Turfe, que, além de colocar vários profissionais em situação desesperadora, vai elevar o custo do trato mensal, prejudicando, conseqüentemente, os proprietários de cavalos de corrida, diminuindo o número de animais disponíveis para a formação das quatro reuniões semanais de corridas, e extinguindo centenas de empregos gerados pela atividade.

A demonstração de maturidade e equilíbrio dos profissionais do Rio de Janeiro, de inscrever na semana do GP Brasil, não deve servir, porém, para que o turfe do Rio de Janeiro se iluda sobre a permanência desta crise histórica, desencadeada unicamente pela presidência do clube, com suas estapafúrdias decisões sobre retomada indiscriminada de cocheiras, corte de planos de saúde, expulsão dos comodatários, sejam eles profissionais, proprietários de cavalos ou sócios ilustres do JCB, e a extinção da Caixa Beneficente dos Profissionais do Turfe.

Tais problemas permanecem não resolvidos. Ninguém se iluda. E são eles, resultantes unicamente de decisões ditatoriais, destituídas do mais comezinho bom senso, que estão na base do ambiente de total revolta que hoje envenena o turfe do Rio de Janeiro, bem assim, das dezenas de ações judiciais que são movidas contra a instituição e a figura do seu presidente todos os dias.

E todas elas, diga-se de passagem, acolhidas pela Justiça do país. Está faltando tudo, seja liderança, seja bom senso, seja principalmente equilíbrio emocional, à atual presidência do Jockey Club Brasileiro.

O que daí vier a acontecer de ruim com o turfe da Gávea, é fruto exclusivamente disso e do clima de repúdio que seus atos produziram entre sócios ilustres do clube, proprietários de cavalos de corrida, comodatários de cocheiras das vilas hípicas, e a unanimidade dos profissionais do turfe do Rio de Janeiro.

transc. Raia Leve

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