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terça-feira, 26 de julho de 2011

A greve é ridícula

Presidente do JCSP concede entrevista ao site do JCB

A greve é ridícula.

Os Jockeys Clubs vivem hoje, ainda com algumas pessoas que frequentam um passado muito glorioso, quando os JCs tinham muitos recursos, recursos suficientes para dar benesses aos funcionários e profissionais.

A grande verdade, porém é que hoje, ou os JCs passam a ser administrados da forma como o Presidente Luis Eduardo da Costa Carvalho vem fazendo de uma forma profissional, e que, aliás, é a nossa proposta aqui em SP, ou os JCs não têm futuro. Esse modelo de administração que nós temos está falido há 20 anos. Pelo menos.

Estas mudanças que estão sendo propostas tanto no JCB como aqui no JCSP de profissionalização e retirando as benesses, têm que ser feitas da maneira que estão sendo feitas, conversando de preferência. Agora, se por acaso houver radicalismo de alguma parte, infelizmente vamos ter que aguentar.

As propostas que estão sendo feitas pelo Luis Eduardo, na minha opinião, são corretas. O que me deixa mais preocupado é que esse movimento passou a ser um movimento político. E não se pode misturar a área profissional com a politica senão não vamos chegar a lugar algum.

Os problemas daqui em termos de administração são maiores do que os do Rio pelo fato de que já há algum tempo o clube vem sendo administrado de forma profissional o que não acontecia aqui em São Paulo. Afinal estamos somente há quatro meses. Tudo que for benesse vai ter que ser retirada. A atividade tem que funcionar pelos seus próprios meios e não com subsídios dos JCs que não aguentam mais dá-los.

Em Cidade Jardim não existe caixa beneficente e sim uma Sociedade Beneficente de treinadores, jóqueis e aprendizes. É esta sociedade que administra o plano saúde dos profissionais. Isso é feito através de um fundo, de responsabilidade única dos profissionais, formado por 2% do valor do prêmio do proprietário e 10% do prêmio dos profissionais.

O JCSP só tem responsabilidade no caso de acidente de raia, exclusivo para jóqueis através de um convênio específico com o Hospital São Luis.

Com relação às cocheiras, o sistema aqui também é de comodato. Mas não igual ao do JCB. E estamos mexendo no mesmo, pois existem muitas coisas e muitos problemas para serem resolvidos. A cocheira aqui é do comodatário e os empregados também são deles, comodatários, ou dos treinadores. O JCSP não tem nada a ver com estas relações e além disso aqui nós cobramos aluguel dos boxes há cinco anos.

O projeto de profissionalização para crescimento do turfe é fundamental. Dentro do que o Luis Eduardo se propõe a fazer, ele está certo e leva todo meu apoio aqui do JCSP.

Quanto à greve, repito, ela é ridícula. Como a nossa atividade é uma atividade que dá prejuízo, querendo ou não, esta é a primeira vez que vi fazerem greve para ajudar "patrão". Afinal se não abrirmos, os JCs não têm despesa. Os únicos prejudicados são os profissionais e proprietários.

Eduardo da Rocha Azevedo
Presidente do Jockey Club de São Paulo

Fonte: JCB

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