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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pais afirmam que restaurante expulsou criança com distúrbio

Pais afirmam que restaurante expulsou criança com distúrbio
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CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

No último sábado, o casal de advogados Glauber Salomão Leite, 37, e Carolina Valença Ferraz, 37, combinou de se encontrar com parentes no restaurante Epice, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).

Eles estavam com o filho de sete anos, que, logo que chegou, começou a pedir, em tom de voz alto, por suco e pão. Portador de um distúrbio com características do autismo, o garoto às vezes gesticula e fala alto.

Pouco tempo depois, um dos sócios do restaurante, Pedro Keese de Castro, se aproximou e pediu que controlassem a situação, pois estava preocupado com o bem-estar dos outros clientes.

Segundo Glauber, ele ficou parado em frente à mesa, até que os recém-chegados resolveram sair. "Ele ficou aguardando que a gente saísse. Nunca me aconteceu nada parecido", diz.

"Nosso filho ficou atônito, sem perceber totalmente o que havia ocorrido, pois acabamos deixando o restaurante quase imediatamente após a nossa chegada."

Para ele, houve discriminação, pelo fato de a criança ter necessidades especiais.

Glauber afirma que os clientes das outras duas mesas ocupadas não aparentavam ter sido incomodados com o barulho da criança, até porque tinha se passado muito pouco tempo.

O irmão de Glauber, George Salomão Leite, 35, que também estava à mesa, foi ontem ao Ministério Público Estadual para saber como formalizar uma denúncia contra o restaurante "para que isso não se repita com outras pessoas".

Os donos do local negam preconceito e dizem que não convidaram os clientes a sair, apenas pediram que o barulho fosse controlado, sem perceber que a criança tinha necessidades especiais.

"Pensamos que era uma criança bagunceira. Os clientes começaram a olhar e a se movimentar e pensamos: isso vai dar problema", diz a sócia Lara Ezzeddine, 26.

Segundo ela, seu sócio ficou parado ao lado da mesa esperando resposta, não aguardando que saíssem.

"Com qualquer criança a gente teria tido a mesma reação. Pedimos para manterem o controle, porque é um ambiente tranquilo. Não quero que eles pensem que somos pessoas desumanas", afirmou a sócia.

distúrbio
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CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

No último sábado, o casal de advogados Glauber Salomão Leite, 37, e Carolina Valença Ferraz, 37, combinou de se encontrar com parentes no restaurante Epice, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).

Eles estavam com o filho de sete anos, que, logo que chegou, começou a pedir, em tom de voz alto, por suco e pão. Portador de um distúrbio com características do autismo, o garoto às vezes gesticula e fala alto.

Pouco tempo depois, um dos sócios do restaurante, Pedro Keese de Castro, se aproximou e pediu que controlassem a situação, pois estava preocupado com o bem-estar dos outros clientes.

Segundo Glauber, ele ficou parado em frente à mesa, até que os recém-chegados resolveram sair. "Ele ficou aguardando que a gente saísse. Nunca me aconteceu nada parecido", diz.

"Nosso filho ficou atônito, sem perceber totalmente o que havia ocorrido, pois acabamos deixando o restaurante quase imediatamente após a nossa chegada."

Para ele, houve discriminação, pelo fato de a criança ter necessidades especiais.

Glauber afirma que os clientes das outras duas mesas ocupadas não aparentavam ter sido incomodados com o barulho da criança, até porque tinha se passado muito pouco tempo.

O irmão de Glauber, George Salomão Leite, 35, que também estava à mesa, foi ontem ao Ministério Público Estadual para saber como formalizar uma denúncia contra o restaurante "para que isso não se repita com outras pessoas".

Os donos do local negam preconceito e dizem que não convidaram os clientes a sair, apenas pediram que o barulho fosse controlado, sem perceber que a criança tinha necessidades especiais.

"Pensamos que era uma criança bagunceira. Os clientes começaram a olhar e a se movimentar e pensamos: isso vai dar problema", diz a sócia Lara Ezzeddine, 26.

Segundo ela, seu sócio ficou parado ao lado da mesa esperando resposta, não aguardando que saíssem.

"Com qualquer criança a gente teria tido a mesma reação. Pedimos para manterem o controle, porque é um ambiente tranquilo. Não quero que eles pensem que somos pessoas desumanas", afirmou a sócia.

CRISTINA MORENO DE CASTRO
www1.folha.uol.com.br

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