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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Darar William Zraik é o turfista da semana no JCP


O Dr. Darar William Zraik é o turfista da semana.

Darar William Zraik é reconhecido no mundo do turfe por seu importante trabalho como veterinário. Muitos o chamam de “milagreiro”. Ele aceita o título, sabe que tem um “algo a mais” por trás do trabalho que suas mãos realizam.

Em certa ocasião, chamaram-no para ir a uma cidade do interior de Santa Catarina. Havia uma égua, que acabara de dar cria, com um problema nas patas. Darar chegou e assustou-se com o que viu. “A perna dela estava muito inchada, com a carne para fora”, relembra. A culpa era da água da cidade, que estava infectada. “Eu cheguei, olhei para ela e vi o bezerro que estava amamentando. Eu sabia que, ao menos, deveria salvar o pequenino. E foi o que eu fiz. Ensinei os trabalhadores do local como deveriam fazer o curativo. Depois, fiquei sabendo que a égua sobreviveu por mais de três meses, e que faleceu dois dias depois de terminar a amamentação”, orgulha-se.

História de sua vida profissional é o que não falta. Ele já trabalhou em quase todos os hipódromos brasileiros e na Argentina. Chegou, até mesmo, a fazer parte da Associação Argentina de Veterinários Equinos. “Fui o primeiro brasileiro a integrar esta associação”, diz.

A paixão pela profissão vem do tempo em que era criança. “Aos seis anos, já pedia para o motorista me levar ao Hipódromo do Guabirotuba. O meu amor pelos cavalos veio de outra geração [a família dele sempre frequentava o Hipódromo]: o cavalo é a representação física da minha própria alma”, diz. Foi daí que decidiu dedicar-se à vertente eqüina da veterinária.

E as corridas, nunca deixou de acompanhar. Sempre que possível está no Tarumã, só falta por motivo de viagem. Dessa forma, já viu muitos de seus “milagres” correrem nas raias paranaenses. As apostas dele, são, na maioria das vezes, voltadas para estes animais ou para os de amigos. Ele conta que não existe um animal curado que seja mais importante que outro. Mas, alguns não saem de sua memória. “Lembro bem de um que eu tratei e que corria desacreditado. Nem eu confiei no trabalho que poderia realizar naquele dia e não apostei nele. Porém, ele foi a surpresa do dia: venceu e pagou cerca de trezentos para um. Isto foi em São Paulo, na década de 80. A partir daí, passei a confiar em todos os meus curados”, relembra.

Darar também arrisca-se a criar alguns cavalos. O amigo e ex-jóquei A. S. Mendes, que estava sentado junto com ele nas mesas da varanda do JCPR, revela que Darar cria os animais no quintal de sua própria casa. Mas, Darar é rápido em afirmar: “Sou melhor como veterinário do que como proprietário”.

reportagem JCP

Um comentário:

  1. Darar que saudade! lembro quando eu atendia a Dona Matilde e em recompensa ela me convidava para degustar os deliciosos pratos árabes que ela fazia com carinho. Quando ela fez 80 anos foi um almoço divino

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