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sábado, 9 de abril de 2011

Vaqueiro amado


Quem não gosta de vaqueiro
não é homem informado
é gente sem formação
que nada tem estudado
se esquece que seu sapato
é feito do couro do gado


O vaqueiro é catingueiro
corre no mato fechado
atráz de bicho valente
que se apartou do gado
em seu cavalo ligeiro
pega o boi e deixa amarrado


Corre pelo tabuleiro
a pedido do patrão
campeando o seu gado
de chapéu de couro e gibão
vestindo essa roupa
que é a sua proteção


Vai atráz de novilha
quando ta perto de parir
trazendo para o curral
com medo dela sumir
ele é quem fáz o parto
do bezerro que vai mugir


Tem a época das chuvadas
aqui no nosso sertão
mais o vaqueiro acorda cedo
seja inverno ou verão
pra tirar leite das vacas
essa é a sua obrigação


Ele ainda fáz o queijo
mais sua muié maria
do leite da fazenda
que sobra todo dia
pra vender lá na cidade
onde já tem a freguêsia


No final da semana
sai pra festa de apartação
prepara a cavalaria
e bota em seu caminhão
levando o cavalo xéxeu
pra corrida de mourão


Essa é a saga de um caboco
homem valente do interior
que nasceu pra ser vaqueiro
não quer diploma de doutor
aprendeu desde menino
o que seu pai lhe ensinou

Desde muinto pequenino
aprendeu o seu valor
de ser um grande vaqueiro
como era seu avô
nunca quiz ser na vida
engenheiro, sacerdote ou promotor

Assim ele vai vivendo
cumprindo o seu destino
de ser um grande vaqueiro
nesse setão nordestino
como ele sempre aprendeu
desde o tempo de menino

TEXTO:JATÃO

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