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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sem lugar nas arquibancadas, a nova geração de atleticanos, coxa-brancas e paranistas está ameaçada.

O primeiro jogo de uma criança no estádio é o que muitas vezes define a perpetuação da espécie. Sem lugar nas arquibancadas, porém, a nova geração de atleticanos, coxa-brancas e paranistas está ameaçada. Se a associação em massa atingir o limite, quem virar torcedor terá de se contentar em assistir às partidas pela televisão ou aguardar a oportunidade criada por um sócio ausente ou inadimplente.

“Brevemente teremos de limitar ou suspender [a venda de ingresso] porque não teremos mais lugar”, afirma o superintendente administrativo do Coritiba, José Rodolfo Gonçalves Leite, adiantando que o clube terá de pensar em uma forma de não inibir futuros coxas-brancas.

“Por volta dos 30 mil sócios [hoje são cerca de 18 mil adimplentes, com capacidade liberada para cerca de 35 mil pessoas no Couto Pereira] vamos fazer uma análise de como seguir. É importante a rotatividade na torcida e por isso precisamos de um pedaço do estádio para desenvolver ações para atrair novos torcedores.”

Por ora o Atlético, com a Arena mais perto da lotação máxima – 20.580 cadeiras ocupadas em uma capacidade liberada de cerca de 25 mil –, só oferece mesmo os lugares que estejam vagos. Mas aposta no extra-campo para angariar novos fãs. “Hoje, fenômenos da internet e meios de comunicação fazem com que a experiência com o clube esteja em todo o momento da vida do torcedor”, comentou em nota o Rubro-Negro.

O Paraná, ao contrário, ainda vê no plano de sócios uma forma de fortalecer a torcida, e não limitá-la, como deixa claro o vice-presidente de marketing do clube, Vladimir Carvalho. “Temos um estádio para 20 mil pessoas e estamos buscando aproximar e trazer a torcida em potencial, que hoje está distante. Vamos trabalhar forte nisso para aumentar o banco de associados.”

por Gustavo Ribeiro
http://www.gazetadopovo.com.br/

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