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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Lagoinha eleições, também, vão parar na justiça

Eleição suspensa em Lagoinha

A eleição para a diretoria do Jockey Clube de Goiás, realizada ontem, foi suspensa por determinação do juiz plantonista Sebastião Luiz Fleury, que deferiu ação cautelar inominada em favor da atual diretoria do clube. Nela, a diretoria do clube solicita que a Justiça analise quem tem o direito de votar para eleger a nova diretoria que vai comandar o Jóquei pelos próximos dez anos.

Segundo o juiz, em sua decisão e em entrevista ao POPULAR, o Jóquei Clube é um dos mais tradicionais de Goiás e viveu graves problemas financeiros. Foi quando estava à beira da falência que, conforme o juiz, um acordo foi firmado com a Faculdade Padrão.

"Transação nunca foi muito bem explicada, não só para os abnegados sócios do clube, mas também para toda sociedade goianiense, já que os termos do aludido ’negócio’ sempre estiveram ’guardados’ nas alcovas do incompreensível", relatou o juiz.

Segundo ele, seria estranho que uma chapa formada por representantes da Faculdade Padrão disputasse a eleição mesmo antes da Justiça concluir processo sobre o acordo entre as duas partes.

"Vale ressaltar, ainda, que existe a possibilidade de grande lesão a todos os associados do tradicional clube de Goiânia, acaso a chapa vencedora do pleito venha a assumir o comando da diretoria do aludido clube, uma vez que tal diretoria, como se sabe, não está interessada no interesse coletivo, mas sim no seu estrito interesse econômico", afirmou.

Para o atual presidente da diretoria do clube, Mário Ghannam, a suspensão da eleição de ontem foi necessária porque a Justiça ainda não deliberou quem tem direito ao voto. "Só estamos pedindo transparência na eleição porque os títulos da Faculdade Padrão estão sendo avaliados pela Justiça. Até que sejam considerados válidos, acreditamos que nenhum desses sócios pode concorrer ou votar".

Ele contou que 15 joqueanos entraram na Justiça questionando a validade dos títulos da Faculdade Padrão e que ainda não há decisão sobre o caso. "Querem tomar o Jóquei na marra. Sabemos que o clube estava quase falido e hoje está com 70% de suas instalações em pleno funcionamento".

Mário Ghannam disse ainda que os sócios do Jóquei foram ontem votar, mas acabaram deixando o local de votação, deixando apenas o grupo ligado à Faculdade Padrão votando. "Os sócios, que são os verdadeiros donos do Jockey, não entraram para votar. Meu interesse, ao entrar com o pedido de suspensão da eleição, foi ajudar o Jockey. Já cumpri a minha missão", disse.

Nenhum representante da Faculdade Padrão foi encontrado ontem para falar sobre a suspensão da eleição e sobre o processo que corre na Justiça.

Fonte: O Popular/GO

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