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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Adil um Campeão


Adil após a vitória no GP São de Paulo de 55

Na foto, vemos o nosso grande craque Adil (Epigram e Candid Lover, por Casanova), criação do Haras Jahu e propriedade do Stud Almeida Prado & Assumpção (logo defensor das mesmas cores de Gualicho, as cinza e verde em listras horizontais), voltando após a sua primeira vitória nos três mil metros do GP São Paulo, quando deixou para trás craques como Quiproquó (tríplice coroado carioca em 53 e vencedor do São Paulo no ano anterior) e El Aragonés (campeão do GP Carlos Pellegrini, em 53, e dos GGPP Brasil e IV Centenário da Cidade de São Paulo, em 54). No dorso, L.B. Gonçalves, o jóquei de todas as suas grandes conquistas.

Certamente, no topo dos maiores corredores brasileiros de todos os tempos, este fantástico craque veio a tornar-se tricampeão da grandíssima prova de Cidade Jardim, tanto que para muitos GP São Paulo e Adil são sinônimos. Em 1956, numa grama pesada, após um grande duelo, superou o maravilhoso craque argentino Tatán, com Canaletto em terceiro. Finalmente, em 1957, superou dois derby-winners paulistas (como ele, por sinal), o tríplice coroado (carioca) Timão e seu companheiro de cores e irmão materno, Caporal.

Um corredor inesquecível que, após a sua vitória no GP Derby Paulista, em 1954, sobre os então melhores nomes da fornada, Rumor e Quebec, em pistas brasileiras, esquecendo a sua corrida de despedida (após vários meses de parado devido a um grave problema que o atacou na véspera do Brasil 57), no GP 14 de Março quando foi suplantado pela craque Garça,(em inscrição muito criticada por todos diante do que ele representava), não voltou a perder em pistas nacionais para corredores brasileiros quando correndo dentro da normalidade, uma maravilhosa série de vitórias e exibições de craque que enriqueceram as histórias das gramas paulista e carioca.

Ao seu referencial histórico, ficou faltando o GP Brasil, prova que correu duas vezes e em ambas foi segundo: para Mangangá, em 1955, e para Tatán, em 1956. Duas atuações de craque, também, é bom que se diga. Em 57, quando era a força mais do que absoluta, acabou não podendo correr como dissemos acima. Mas foram derrotas para dois craques puríssimos e especiais contra quem correu no GP Carlos Pellegrini, de 1955, chegando em importante e histórico terceiro (perdendo o segundo por pequena diferença para Tatán enquanto Mangangá galopava triunfalmente de forma admirável em performance histórica).

Pelo tri, pelo seu histórico, por tudo, o turfe brasileiro deve e muito a este notável corredor.

A ele e a tudo que representou e representa, as nossas humildes homenagens. Adil, um craque que ficou para sempre.

copiado de http://raialeve.com.br

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