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sexta-feira, 25 de março de 2011

TONY GUSSO, SAÚDE EQUINA

PERIOSTITE METACARPIANA DORSAL

A periostite metacarpiana dorsal, que tem como definição a inflamação do periósteo (membrana mais externa do osso) é conhecida como a famosa dor de canela nos potros. Uma patologia habitual nos animais em inicio de treinamento, o periósteo é a única estrutura óssea suscetível aos sintomas dolorosos.

Segundo alguns estudos ela pode acometer até 70% dos cavalos de corrida em seu primeiro ano de treinamento em alguns hipódromos.

Alguns fatores que levam a periostite são: treinamento mais forte e intenso, problemas nutricionais na fase de crescimento, conformação e ainda as características do piso em que o animal está treinando e as forças compressivas a que o osso é submetido por ocasião da corrida. Estes dois últimos motivos demonstram que os animais treinados sobre superfícies mais duras recebem estímulo para apresentarem remodelação óssea mais rápida que animais exercitados sobre superfícies mais macias e por isso estão mais suscetíveis ao aparecimento da dor de canela.

Os sinais clínicos são o fraco desempenho, dor à palpação na canela (osso metacarpiano III), aumento de volume e calor local com claudicação com graus variáveis. O mais comum é a periostite metacarpiana dorsal bilateral, sendo que alguns animais podem apresentar na forma unilateral esquerda dias antes que o membro direito seja afetado, provavelmente devido ao sentido anti horário a que os cavalos são exercitados nas pistas dos hipódromos.

Existem diversos tratamentos como os fisioterápicos, uso de antinflamatórios, repouso, redução da intensidade do exercício, as substâncias cáusticas locais, ponta de fogo (termo cautério), os tratamentos cirúrgicos e células tronco dentre muitas possibilidades, todas buscando a reparação tecidual por incremento do metabolismo e da osteogênese, fortalecendo a região acometida e a modulação da reação inflamatória e o controle da dor.

Após esta breve explicação, fica claro que se não ficarmos atento aos sinais de dor ou desconforto que os animais apresentam os prejuízos sejam no tempo de repouso e/ou afastado das pistas e financeiros serão cada vez maiores.

Consulte sempre o médico veterinário e nunca deixe de escutar o funcionário que está diariamente com seu animal. Ele conhece o dia a dia e o jeito do seu cavalo.

por Tony Gusso
http://www.raialeve.com.br/

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