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terça-feira, 15 de março de 2011

NOVIDADES E TENDÊNCIAS DO TURFE MUNDIAL - PARTE III

Estatísticas da criação mundial

As estatísticas mais recentes da criação mundial divulgadas na reunião da Federação indicam:

. Que entre os anos de 2008 e 2009, os preços das principais coberturas no mercado americano recuaram em média 18,5%. Em alguns casos, de que são exemplos os reprodutores Distorted Humor, Forestry, Johannesburg e Mineshaft, mais que isso. Em compensação, Street Cry subiu de US$ 100,000 para US$ 150,000.

. Na Europa, o recuo foi ainda mais acentuado (24,6%). Apenas três sementais superaram o preço de seus serviços em relação a 2008: Annaba, Dalakhani e Oasis Dream.

. Em número de matrizes, os EUA lideram com 44.987 éguas de cria, seguidos pela Austrália (28.134), Irlanda (18.851), Argentina (13.945), Japão (9.850), França (8.758), Nova Zelândia (8.326) e Inglaterra (7.240). Em 2009, estavam registradas no Brasil 3.776 éguas de cria, que produziram 2.922 produtos (cerca de 2,41% da produção mundial de potros de corrida naquele ano).

Alocações (prêmios distribuídos)

No que respeita às alocações totais das corridas rasas (prêmios distribuídos), os EUA lideram com 635.958.192 euros, seguidos de perto pelo Japão (615.557.633 euros). Depois, vêm, pela ordem: Austrália (263.184.931), França (108.354.306), Turquia (é, Turquia!, com 89.419.226), Inglaterra (82.771.992), Hong Kong (70.173.370), Itália (44.159.159), Argentina (41.942.182), Singapura (30.441.595), União dos Emirados Árabes (28.480.023), e Nova Zelândia (28.473.573). O Brasil distribuiu 16.156.816 de euros aos proprietários e criadores de cavalos de corrida do país.

Esta situação se inverte quando se considera o prêmio médio distribuído por corrida (total de prêmios, dividido pelo número de corridas no ano). Neste particular, a União dos Emirados Árabes (UAE) lidera com prêmios médios de 96.542 euros por corrida. Seguem-se: Hong Kong (91.491), Singapura (37.034), Japão (35.039), Irlanda (27.437), Macau (25.920), França (22.908), Turquia (21.588), Austrália (13.540), Inglaterra (13.235), etc. Os EUA, com suas 49.196 corridas por ano, distribuem um prêmio médio de 12.927 euros por corrida. O Brasil, com 4.416 corridas, distribui 3.659 euros em média por corrida.

Esta relação reflete uma nova tendência do turfe mundial: a de diminuir o número de corridas em cada país, pagando prêmios melhores aos proprietários e criadores dos animais. A conseqüência disso é uma só: concentrar em um menor número de hipódromos o estoque de animais disponíveis para a formação dos programas. É o caso típico da União dos Emirados Árabes e de Hong Kong. Aliás, esta é também a perspectiva para os EUA, na visão das autoridades do The Jockey Club local.

Levada a seus extremos, no caso brasileiro, a tendência em exame equivaleria a reunir parte ponderável do estoque de animais em torno dos principais hipódromos, realizando um número menor de corridas no resto do país.

por Sergio Barcellos

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