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domingo, 27 de março de 2011

NOSSOS TRISTES CAPÍTULOS NEGROS

NOSSOS TRISTES CAPÍTULOS NEGROS

* Eduardo Rocha Azevedo, da oposição, é o novo presidente do J.C. de São Paulo, desbancando do pedestal, por votos legítimos, Márcio Toledo.

* Aqui, também, pelos votos legítimos venceu a oposição liderada por Jael Barros. Porém, diferente de São Paulo, suspeitava-se de votos “ilegítimos” ora sub judice.

* Um imbróglio que se arrasta judicialmente desde o primeiro minuto das eleições, cujo desfecho ainda é uma incógnita para a situação e oposição.

* Aqui a atual diretoria se manterá no cargo, para que a administração do JCP não fique acéfala, evitando-se a intervenção branca até a sentença final.

* Seja qual for a decisão de primeiro grau, aguardada para as próximas horas, nenhum dos presidenciáveis sentará no trono, porque tanto um ou como o outro recorrerá ao tribunal.

* Bem, em eleição normal o novo presidente do JCP estaria assumindo oficialmente os destinos da entidade no próximo dia 31 de março. Mas, por enquanto, tudo é anormal.

* Nesses 138 anos da história do turfe paranaense, que me lembre, jamais ocorreram circunstâncias semelhantes ora dependentes da justiça comum.

* E o pior, numa situação extremamente constrangedora à tradição do Jockey Club do Paraná, obrigando a separação do eleitor: Joio ou Trigo.

* Tudo por conta e obra de mais um inequívoco desvio de conduta administrativa que arregimentou, a quatro paredes, centenas de sócios com fins claramente eleitoreiros.

* Uma atitude amoral que reprisa, sem surpreender, a fraude comprovada na “Assembléia dos Defuntos”, que homologou venda patrimonial da entidade.

* Uma denúncia que começou pela delegacia do estelionato, comprovada depois pela polícia científica da delegacia do colarinho branco, o NURCE - Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos.

* Naquela assembléia, além de inúmeras assinaturas falsas de sócios que sequer estiverem presentes - mais de trinta - até morto votou. Não um, mas nove.

* Daí a dúvida suscitada e denunciada pela oposição quanto à legitimidade de centenas de eleitores, de última hora, credenciados ao voto na eleição do dia 1º de março.

* Uma dúvida tão evidente quem nem mesmo a autoridade judiciária deixou de perceber ao impugnar, preliminarmente, aqueles votos ora sob suspeição.

* Enfim, seja quem for o novo presidente do JCP - se situação ou oposição - que tenha a decência de esclarecer, em respeito aos associados, todos esses capítulos negros na centenária história do turfe do Paraná.

por Luiz Renato Ribas

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