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terça-feira, 15 de março de 2011

Emprego, Emprego formal, em fevereiro, é o maior desde 1992, quando se iniciou a medição

A criação de empregos formais (com carteira assinada) no Brasil em fevereiro atingiu 280.799 vagas. Este foi o melhor resultado para um mês de fevereiro desde 1992, quando teve início a série histórica.

No período foram admitidos 1,79 milhão e demitidos 1,51 milhão de trabalhadores. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e foram divulgados nesta terça-feira (15).

Em janeiro, o país criou 152.091 vagas. Com isso, o acumulado do ano chega a 432.890 empregos formais.

O dado de fevereiro representa uma alta de 37,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, recorde anterior, quando foram criados 209.425 empregos.

O cálculo da criação de vagas é feito pela diferença entre o total de pessoas contratadas e o total de demitidos em cada mês.


Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, contribuiu para a alta o fato de o Carnaval ter ocorrido em março. Além de fevereiro ter tido mais dias úteis que no ano anterior, houve uma antecipação das contratações relacionadas às festas, principalmente no setor de serviços.

Lupi afirmou que o resultado de março irá "surpreender". "Março vai continuar muito forte (para o emprego formal)", afirmou o ministro a jornalistas, acrescentando que acredita que o dado será recorde para o mês.

Em 2010
No ano passado, a criação de empregos formais medida pelo Caged atingiu 2,14 milhões de vagas, o que representou o melhor desempenho desde 1992, quanto teve início a série histórica.

Os dados divulgados pelo governo, porém, foram inflados e indicaram a criação de 2,52 milhões de vagas formais.

Isso ocorreu porque foram incluídos pela primeira vez empregos declarados fora do prazo. Essas vagas fazem parte da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), que costumam ser divulgadas apenas em maio do ano seguinte.

A Rais é divulgada anualmente pelo governo e traz um retrato mais fiel do mercado de trabalho formal, pois inclui servidores públicos, trabalhadores temporários e avulsos e ainda informações residuais das empresas.

UOL/REUTERS

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