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sábado, 26 de março de 2011

Coração do Século - Lidando com as Doenças - Parte 5

Lidando com as Doenças do Coração

As pessoas lidam com o fato de terem uma doença cardíaca de muitos maneiras diferentes. O modo como um portador de uma cardiopatia lida com seus sentimentos acerca de sua doença pode ser uma parte importante para sua recuperação.

Embora as pessoas sejam diferentes, muitas delas têm sentimentos semelhantes acerca do fato de serem portadoras de uma doença do coração. Alguns dos sentimentos comuns são a negação, ansiedade, depressão, medo de ser super-protegido pela família e medo de tornar-se um inválido. Não há nenhuma razão para temer estes sentimentos; eles normalmente não duram muito, e conhecendo-os, o paciente talvez poderá lidar melhor com eles. Se você for um portador ou portadora de uma doença cardíaca, converse com seu médico, seus familiares, com o seu conselheiro religioso, ou ainda, com os seus amigos acerca de seus sentimentos.

À seguir, vamos conhecer como cada um destes sentimentos se manifesta nestas situações:

Negação

Geralmente o paciente pensa: “Como isso pode estar acontecendo comigo?” A negação é uma reação comum, e, até certo ponto, útil, porque acaba por ajudar a proteger temporariamente o paciente de uma situação de estresse.

Para o próprio bem do paciente, com o decorrer do tempo a Negação deverá desaparecer – é que o paciente deverá aprender a aceitar a doença, para o bem de seu tratamento e para a adaptação a uma vida futura.

Ansiedade

A ansiedade é uma reação normal a uma situação nova, assustadora e/ou desconhecida. O paciente portador de uma doença cardíaca poderá se sentir tenso, nervoso, ou irritável. Estes sentimentos normalmente vêm da incerteza acerca da vida presente e futura, que normalmente ocorre no período de recuperação, ou de como será a readaptação ajustará ao ambiente familiar.

Para melhor lidar com esta situação, o paciente deverá ser estimulado a falar acerca destes sentimentos com as pessoas que o rodeiam. A conversa entre o paciente e os seus familiares pode ser também útil para eles: é natural que a família de um paciente cardiopata, em recuperação, se sinta também com medo e insegura. Conversar pode ajudar a reduzir este medo.

Deve-se tentar utilizar da melhor maneira possível as orientações dadas no Hospital acerca de como o paciente deverá se comportar em casa, e como deverá ser o relacionamento dos seus familiares com ele. Estas informações ajudarão o paciente a se sentir mais confiante, reduzindo a sua que ansiedade.

Depressão

O paciente com uma doença cardíaca freqüentemente poderá sentir-se triste, só, ou irritado - estes são alguns dos sinais de uma depressão.

A Depressão pode resultar fora do enfado ou da inatividade. Como conseqüência, o paciente pode desenvolver uma sensação de “fraqueza”, o que pode a tornar a recuperação mais lenta.

Muitos pacientes entram em depressão após retornarem para casa. Uma boa maneira para lidar com a depressão é tentar permanecer ativo. Mesmo que o paciente simplesmente não consiga voltar a realizar todas as suas atividades, a sua força e atividade irão aumentar progressivamente. O paciente deverá viver um dia de cada vez, com um progresso lento porém continuado. O foco deve ser “no que fazer”, e não no que “não se pode fazer”.

Superproteção

Os familiares e amigos de um paciente portador de uma cardiopatia podem se tornar superprotetores – as pessoas, em geral, podem ter medo do que aconteceu ao doente, e podem querer protegê-lo de mais danos, ou poupar-lhe um sofrimento adicional. Estes sentimentos são normais, até certo ponto.

Se o paciente começar a se irritar ou se sentir frustrado por este fato (de se sentir superprotegido), deve falar francamente com aqueles que o cercam. As pessoas que cercam o paciente devem procurar avaliar se estão sendo superprotetores – a melhor atitude é a de procurar encorajar o paciente. Este tipo de atitude será melhor desempenhada se elas forem conhecedoras do processo de recuperação da doença.

Estresse

O estresse, isoladamente, não causa problemas ao coração – nos dias de hoje, afinal o estresse é algo que todos nós temos. Por outro lado, muita tensão, ocorrendo de maneira contínua ao longo do tempo, pode vir a ser prejudicial a nossa saúde física e mental.

Não se pode remover toda a tensão de nossas vidas. Entretanto, as pessoas podem decidir como irão responder a ela, sendo a meta a de procurar identificar as situações estressantes e aprender a lidar com elas. Em um paciente em fase de recuperação de uma doença cardíaca, aprender a lidar com as situações de estresse (como encará-las e como reagir a elas) pode se tornar algo extremamente importante.

O paciente cardiopata em fase de recuperação que tenha dificuldades em lidar com situações estressantes deve conversar claramente com o seu médico a respeito disso, para que orientações sejam dadas e medidas terapêuticas (medicamentos) sejam tomadas.

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parte 6 será postada em 28/03

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