Uma apresentação de luxo e superação marcou a conquista do potro Cisne Branco no GP Francisco Eduardo de Paula Machado (G1) – Stud TNT, 2ª Prova da Tríplice Coroa de Produtos, corrido domingo no Hipódromo da Gávea. Com direção sensacional de Marcos Mazini e apresentação perfeita de Roberto Morgado Neto, o defensor do Haras Santa Maria de Araras atropelou forte nos metros decisivos e assinalou 2m02s28 para os dois quilômetros do gramado macio.
Dada à partida, Último Furo, que buscava a segunda coroa, assumiu a ponta. No seu encalço apareceram vários competidores, já que era o animal a ser batido. Com poucos metros de páreo corrido, com o vencedor da prova mantido nas últimas colocações, Anakin assumiu a vanguarda e ditou o ritmo da carreira. Aye Lad, Olympic Time, Energia Cósmica e Urcath vinham a seguir, com as demais colocações ainda indefinidas. A briga pela ponta entre o defensor do Haras Anderson e o do Stud Rio Dois Irmãos durou até a entrada reta.
E com o I.Correa ainda tranquilo no dorso de Último Furo, eis que surge pelo meio de raia, após uma excelente passagem, o argentino Cisne Branco, passando um a um dos competidores, assumindo a ponta nos 200 metros finais e aparando com sobras aos vários ataques.
Do fundo do pelotão apareceram Thunderdome Luiz e Nohar para ficarem com a segunda e terceira colocação, respectivamente. Último Furo e Olympic Better completaram o placar de mais uma etapa da coroa carioca.
Invicto em três apresentações, vindo de vitória em 1.400 metros e afastado das pistas desde dezembro passado, o fantástico Cisne Branco, um filho de Lode e Cirandinha, criado na Argentina pelo Haras Santa Maria de Araras.
Após o páreo, o grito que ecoava pelas tribunas do prado carioca oriundo da equipe ganhadora era “de ‘1.400 metros para 2.000, é uma máquina!”. E Bebetinho definiu a vitória como superação. “Sempre o tivemos como um potro de exceção. Ele precisou ficar parado depois da tragédia que destruiu o CT do Araras e superou isso tudo. Foi uma vitória muito emocionante e dedico-a ao meu pai, que me ensinou tudo na profissão. O aumento de distância não foi problema já que Cisne Negro demonstrava boa adaptação ao percurso nos trabalhos”, disse o treinador em lágrimas.
Mazini também comentou com os olhos marejados sobre a brilhante conquista. “Estas vitórias são frutos de muita dedicação e esforço. Passei por uma fase muito difícil e graças a Deus os bons resultados estão voltando. A passagem que apareceu depois da entrada da reta foi decisiva para a vitória. Tivemos um percurso iluminado”, explicou Mazini, agradecendo aos diversos cumprimentos e palmas que recebeu do público presente, que comentava que o bridão é que seria tríplice coroado, uma vez que foi o piloto de Último Furo na primeira etapa da coroa.
por Danielle Franca - Foto: Gerson Martins
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