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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

JAEL BARROS SAI CANDIDATO DA OPOSIÇÃO NO JOCKEY CLUB DO PARANÁ


Jael B. Barros, engenheiro, 77 anos, casado há 54, paulista de nascimento, paranaense por adoção - esposa, filhos, netos e amigos - é, talvez, um dos mais premiados criadores e proprietários do Brasil, com 59 vitórias em prova de Grupo (1, 2 e 3) aqui, na Argentina e Estados Unidos (* veja quadro nesta página).
JT- Quando foi o seu início no turfe?

JAEL- Comecei em 1955, quando era ainda estudante de engenharia.
JT- E como criador?

JAEL- Em 1976 em minha chácara, comprada para esse fim, no Pinheirinho.
JT- E a origem dos primeiros garanhões?

JAEL- Pardallo e Brac, foram importados da Argentina.
JT- E as reprodutoras?

JAEL- Adquiri, num leilão de São Paulo, 19 éguas e estava, assim, iniciada a minha criação.
JT- E quantos produtos criou?

JAEL- Aproximadamente 600.
JT- E hoje?

JAEL- Atualmente conto com 23 éguas-mãe e 3 reprodutores.
JT- Mutch Better, foi sua criação máxima?

JAEL- Sim, foi a minha máxima criação, até o momento, mas a idéia é criar cada vez melhor.
JT- E sua trajetória no meio gestor da criação?

JAEL- Presidente do Conselho Deliberativo da ACPCCP do Paraná de 1992 a 1994 e depois de 2002 a 2008. Presidi simultaneamente a nossa Associação e também a ABCPCC de 2002 a 2004. E atualmente sou conselheiro da nossa Associação desde 2004, do J.C. de São Paulo (2008) e do Paraná (2009).
JT- Defina qual é a importância do turfe para o Brasil?

JAEL- Hoje o turfe representa um importante segmento da geração de empregos, bem como um gerador de divisas para o país, com nossas exportações para o mundo todo. Assim, portanto, tem que ser levado muito a sério na composição de todos os órgãos administradores como os Jockeys Clubs e associações de classe.
JT- E existe margem para crescimento?

JAEL- Sim, o turfe tem muito a crescer no Brasil. Vejam o que ele representa na Argentina, nos EUA, na Irlanda!
JT- Mas com profissionalismo?

JAEL- Sim, a época de amadorismo na chefia dos Jockeys Clubs brasileiros tem que acabar cujos postos de decisão tem de ser entregue a gente que entende do ramo e que sinta, no cerne, o que significa ser um criador e um proprietário.

JT- Honestamente, você como turfista de credibilidade, crê que a atual diretoria é suficientemente transparente, ou tem moral e financeiramente, o que esconder?

JAEL- É exatamente o que está faltando desde o início da atual gestão: TRANSPARÊNCIA!!! Quem não deve nada tem a esconder. Não conheço uma única pessoa que já tenha visto o famigerado contrato de cessão das áreas do Jockey Club. Por quê? Qual o motivo do segredo? Contrato de gaveta? O que é isso?
JT- Como conselheiro atual do JCP, tomou alguma ação positiva para sugerir a instalação de uma auditoria?

JAEL- Não, por que me afastei totalmente não comparecendo sequer em uma única reunião.
JT- Qual foi a sua reação diante da denúncia ao Ministério Público da comprovada fraude da Assembléia que homologou ilicitamente aquela venda patrimonial?

JAEL- A mesma de todos: Justiça!
JT- Como criador e proprietário de sucesso, qual é a sua posição com respeito a atual incompatibilidade político-social, entre a Associação e a diretoria do JCP?

JAEL- A Associação de Criadores como o próprio nome indica é o órgão de classe dos criadores, defendendo seus direitos, recebendo as sugestões, sempre para a melhoria do turfe nacional. Sempre o Jockey Club contou com o apoio da associação, recebendo todo tipo de ajuda possível, inclusive com doação de bônus aos animais vencedores dos páreos de potros. Portanto, não se justifica nenhum tipo de incompatibilidade.

JT- Sinceramente, por que num turfe atualmente tão escasso de valores humanos, exigindo cada vez mais união, se estabelece uma eleição “bate-chapa”?

JAEL- É injustificável haver um bate-chapa. Deveria haver uma união de forças para melhor lutar pelo sucesso do Jockey Club do Paraná.
JT- Quem são os turfistas tradicionais e de credibilidade que apóiam a sua candidatura?

JAEL- Nossa candidatura está sendo apoiada por vários nomes de respeito do turfe paranaense e nacional. Como por exemplo: Dr. Aramys Bertholdi, uma verdadeira legenda do turfe do Paraná; o Dr. Roberto Belina, atual Presidente da nossa Associação de Criadores; Alexandre Frare, que à frente do Haras Cifra, segue a tradição de Ciro Frare; Antonio Acyr Breda, grande proprietário e apaixonado turfista; Ítalo Trombini, um dos principais criadores do Paraná; Dr. Aristides Athaide Neto, um apaixonado pelos cavalos entre uma dezena de outros respeitáveis turfistas de alto grau de credibilidade. Todos, enfim, e ainda contando com o apoio de turfistas de escol de Cidade Jardim e da Gávea.
JT- E se eleito, qual seria o seu primeiro ato no comando do JCP?

JAEL- Abertura total de todas as gavetas, tornando público todos os contratos assinados pela atual diretoria.
JT- Se presidente do J.C. do Paraná, qual seria sua estratégia, a logística profissional, para tornar o turfe paranaense economicamente sustentável?

JAEL- Cremos que muita coisa poderá ser feita para que o Jockey Club do Paraná seja economicamente sustentável através de relações, contratos, parcerias etc. Muitas idéias estão brotando em nossa mente e de nossos parceiros e lógico, tudo feito com total transparência
entrevista concedida ao Jonal do Turfe

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