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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
DEMISSÕES - EM NOME DOS FUNCIONÁRIOS DO JCB
EM NOME DOS FUNCIONÁRIOS DO JCB
No dia 1º/6/2009, justamente os mais fracos foram os primeiros a enfrentar e discordar dessa “administração” que por 10 anos vem destruindo o JCB e uma das conseqüências não poderia ser diferente, desrespeitar os funcionários - foi o dia da greve, um episodio muito triste na história do Clube, uma segunda-feira chuvosa, fria, um péssimo dia em todos os aspectos, principalmente para os amantes do Clube e principalmente do TURFE. Particularmente não sou a favor da greve, mais infelizmente fomos os primeiros a sentir na carne, a enxergar o que essas “pessoas” estavam dispostas a fazer, para os Srs. terem uma idéia, vou citar o que aconteceu com o meu salário, o nosso “presidente” determinou o corte da gratificação balanço e do qüinqüênio, em números - 28% (menos vinte oito por cento), isso de forma criminosa, contrariando as leis trabalhistas.
Outros funcionários com menos de 20 anos, um corte de 23% e assim por diante, isso sem falar nas péssimas condições de trabalho, falta de equipamentos de segurança, material de higiene, café, até a água foi cortada, o lanche que era distribuído durante as corridas que para muitos por conta dos baixos salários era a única refeição (se é que podemos chamar de refeição) durante a jornada de trabalho, um simples sanduíche de mortadela e um copo de refresco aguado, também não escapou.
No peão do prado toda a água foi cortada, torneiras e privadas arrancadas, os funcionários ali lotados eram obrigados a usar o mato como banheiro, uma humilhação imensurável, mas o que me deixou mais triste foi ver os colegas, dezenas deles, com as cartas de demissão nas mãos, desorientados, sem chão, alguns tentando achar uma justificativa outros em desespero total, foi muito triste, perguntei a diversos diretores o que estava acontecendo, pedi ajuda, pedi o fim do massacre, da covardia, uns afirmavam não saber de nada (mentira), outros (mais corajosos ou menos covardes) só diziam que era determinação do “presidente”, “presidente” esse que invadia os setores, contava o número de funcionários apontava e mandava demitir. Setores com 6 demitia 4, assim, sem critério, o funcionário era (ainda é) tratado como se fosse uma mercadoria estragada na prateleira de um supermercado, um absurdo, uma pessoa como essa que não tem o mínimo de respeito pelo próximo, não pode ser humano (nem sei o que é). Por outro lado, o dos amigos do “presidente” e dos amigos dos amigos do “presidente” - a contratação de pessoas sem o menor critério, conhecimento e capacidade a peso de ouro, com salários astronômicos, para que? Cabide? Tem que ser de aço! Como os diretores aceitavam aquela situação? Só percebi depois, na verdade todos os diretores eram subservientes dos assessores do “presidente”, ou seja não mandavam nada! Agora ser submisso só para manter o status de diretor do JCB - sinceramente é demais - Atitude digna foi a do ex-presidente da Comissão de Corridas Dr. Adalberto, não aceitou o que estava acontecendo e entregou o cargo, isso sim é ter opinião.
Como aceitar? Como nós funcionários humilhados no nosso segundo lar poderíamos aceitar isso? Resposta: não aceitamos.
Aos Srs. Sócios, Proprietários, Profissionais e aos Turfistas que no dia 1º/6/2009, discordaram da greve, nos criticaram, só tenho desculpas a pedir pelos transtornos causados, a reunião acabou se realizando, mesmo que de forma precária, mas graças ao empenho dos Profissionais do Turfe que ainda acreditavam nas promessas dessa “administração” e de alguns funcionários que não aderiram à paralisação - desses que trabalharam 90% já foram demitidos -, essa foi a gratificação aos que furaram a greve - com toda a certeza hoje 99% dos que nos criticaram, nos apoiariam, nos apoiariam sim! O que está acontecendo hoje, nós já sentíamos na carne desde setembro de 2008.
Estou afastado do trabalho por motivo de doença (lesões na coluna cervical e lombar) e se algum dia retornar ao trabalho com certeza serei demitido, minha demissão está pronta desde 1º/6/2009, mas de coração estou torcendo para que o JCB consiga reverter a tempo essa situação, por isso gostaria de agradecer ao empenho de várias pessoas, aos Srs. Sergio Barcellos, Dr. Afonso Burlamaqui, Luiz Fernando Dannemann, Armando Cesar Burlamaqui, Arthur Stern e a muitos outros, que com certeza encontrarão uma forma de resolver esse enorme problema causado por essas “pessoas” alheias ao TURFE que caíram de pára-quedas no JCB e causaram toda essa destruição, não só no quadro de funcionários mas em todos os seguimentos do Clube.
Para encerrar, gostaria de ressaltar a necessidade de responsabilizar também os assessores do “presidente” que contribuíram e ainda contribuem com a destruição do TURFE e do quadro de funcionários, promovendo uma verdadeira “carnificina”, até agora 300 demissões, sem falar nos que cumprem aviso prévio, número esse estimado pelo SINEHÍPICOS-RIO, e além desses temos também os terceirizados (segurança, jardins etc), por isso é que faço questão de ressaltar a importância de se responsabilizar esses assessores, alguns foram demitidos Ester, Clovis Frota, Eduardo Espínola e mais alguns que nem chegamos a conhecer, mas outros ainda permanecem ocupando cargos de confiança, seria interessante a divulgação dos salários desses “funcionários assessores” que recebem salários maiores que o do Presidente da República.
Se eu fosse Sócio exigiria uma devassa nessa folha de pagamento, com certeza a surpresa seria grande - essa “administração” justifica todas essas demissões como uma das alternativas para cortar os custos e ao mesmo tempo contrata “assessores” sem critério algum - é querer explicar o inexplicável, é muita covardia demitir 300 funcionários e contratar “amigos” ou assessores que são os verdadeiros tentáculos do mal dessa “administração” - e o custo dessas contratações só tem um destino, cair na conta do JCB e enfraquecer cada vez mais a atividade principal, o TURFE! Atenciosamente
Sérgio da Costa Figueira - Starter Chefe do JCB
Matrícula: 30.559-6
É uma vergonha o que essas pessoas estão fazendo com os funcionários, esse rapaz foi o único que teve a coragem de denunciar, encarar essas pessoas de frente.
ResponderExcluirRoberto