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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

CAVALO LAVRADEIRO - CAVALO SELVAGEM DE RORAIMA


O cavalo lavradeiro de Roraima, também chamado de cavalo selvagem, é um dos principais símbolos do estado de Roraima e, por isso, normalmente são vistos estampados em camisetas, ônibus e em outros souvenires, objetos e locais que representem a região. Além disso, esse animal sofreu, durante séculos, adaptação às condições do lavrado, que o tornaram bastante resistentes. Uma das características que mais desperta o interesse das pesquisas é o incrível desempenho físico do cavalo lavradeiro, capaz de percorrer grandes distâncias em velocidade, alimentando-se apenas do capim do lavrado que, por sua baixa qualidade nutricional, é conhecido popularmente como "fura-bucho".

O cavalo lavradeiro é um ótimo exemplo da ação da natureza que, ao longo dos séculos, foi eliminando os genes desfavoráveis, fazendo com que apenas os animais mais fortes e adaptados sobrevivessem.

Esses fatores levaram esses cavalos a apresentar características bastante peculiares: são animais pequenos (1,40 m), com alto índice de fertilidade, muito velozes (podem correr por 30 minutos a 60 Km/h), resistentes ao trabalho árduo e tolerantes a doenças e parasitas. Considerado um animal esperto, de porte elegante, o cavalo selvagem de Roraima tem olhos grandes, pernas fortes e flexíveis. É ótimo tanto para trotar quanto para galopar.

Os cavalos selvagens de Roraima vivem totalmente em liberdade. Alguns deles nascem e morrem sem terem tido nenhum contato com o homem. Costumam andar em bandos de apenas um macho e cerca de oito a dez fêmeas.

Este símbolo de liberdade habita as planícies de Roraima, por aqui chamado de lavrado. Chegaram ao Brasil por volta de 1718, com os colonizadores portugueses, e o seu cruzamento com outras raças tem contribuído para a sua descaracterização.

Conta a lenda que mais de dois mil cavalos habitavam o estado de Roraima. Hoje, esse número talvez não chegue a 200.

Hoje os poucos animais localizam-se principalmente na região de lavrado, nos municípios de Amajari, Uiramutã, Normandia e Pacaraima.

Por viverem em regiões de difícil acesso, muitos deles nascem, crescem e morrem sem ter contato com o ser humano, formando assim várias gerações livres do adestramento. Dizem os especialistas que os cavalos de Roraima não têm a elegância de raças nobres, como os mangas-largas marchadores ou os puros-sangues ingleses, mas ganham a galopes em resistência. Durante a seca, andam grandes distâncias para encontrar água e, na época das chuvas, ficam até quatro meses com as patas imersas dentro d’água. A raça ficou até conhecida como pé duro, pela resistência de seus cascos.

4 comentários:

  1. Tem um jogo que eu gosto de jogar que é só de cavalos...Lá eles colocaram o Lavradeiro como o mais novo Selvagem:
    http://www.howrse.com.pt/elevage/fiche/?id=1483853

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  2. É uma pena que uma espécie desse porte seja relegada a uma simples curiosidade, que deveria ser objeto de um estudo sério por parte de nossos governantes, pois se trata de um patrimônio nacional. Se fosse um cavalo de fora de nossas fronteiras, o interesse serio outro. Preservemos o que é nosso.

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  3. Estou fazendo uma exposição sobre os cavlos de RR. O seu site me ajudou bastante :))

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  4. Estou fazendo uma exposição sobre os cavlos de RR. O seu site me ajudou bastante :))

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